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25/01/2019 16:00:00

Ministério Público reúne secretários municipais de Educação para esclarecer questões do transporte escolar


Ministério Público reúne secretários municipais de Educação para esclarecer questões do transporte escolar

Promotores de Justiça do Núcleo de Educação, do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), acompanhados de um representante do Departamento de Transportes de Alagoas (Detran/AL), reuniram, na tarde desta quinta-feira (17), no auditório da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), secretários municipais de Educação de todo estado, diretores e demais representações ligadas à pasta, além da Associação dos Dirigentes Municipais da Educação (Ademe) para esclarecimentos imprescindíveis sobre os posicionamentos e atuação da instituição em relação ao transporte escolar. Os promotores Lucas Sachsida e Maria Luisa Santos enfatizaram responsabilidades, cobranças e também punições para quem não se adequar ao que determina o Contran.

Para o promotor Lucas Sachsida, a prioridade absoluta é para os direitos da criança e o papel do Ministério Público é apontar e ajudar na solução é o problema. Ele lembra que, apesar do Código de Trânsito existir há 21 anos, os municípios descumprem o que é determinado.

“Todo veículo, sem exceção, destinado ao transporte escolar tem de atender aos requisitos legais. Sem isso, nenhum veículo pode circular. É preciso proteger nossas crianças e adolescentes ”, ressalta Sachisida.

Entre os assuntos elencados, os representantes ministeriais apontaram as licitações que devem ser baseadas pela lei 8866/93 que estabelece normas gerais sobre obras e serviços para que seja evitado o gasto irregular do dinheiro público.

“Toda licitação deve ser fiscalizada e o recurso empregado atender ao fim público baque se destina. Se a oferta é para determinado tipo de produto, com qualidade, no caso em questão o transporte escolar, então que os gestores o exijam. Caso seja detectado que o objeto não condiz com o licitado, ou seja, veículo que atenda à legislação, devem ser tomadas as medidas legais para resguardo do serviço público e do Patrimônio municipal. A contratação de veículos deve ser fiscalizada pelos municípios”, afirma o promotor Lucas.

Na sequência, a promotora Maria Luisa alertou para a situação dos condutores dos transportes escolares que, segundo as fiscalizações ocorridas no final de 2018, grande parte trabalha com CNH irregular e não possui capacitação.

“Tudo que fazemos é com base na resolução do Detran e, lamentavelmente, ainda não temos detectado o seu cumprimento. Então partimos para a responsabilização. Todos os problemas com os quais nos deparamos são considerados graves e iremos aos 102 municípios. A prioridade do Ministério Público é salvar vidas”, declara a promotora.

Ele falou com tristeza sobre a constatação, em pesquisa, de ser Alagoas um dos estados que mais se destaca com irregularidades nesse sentido, inclusive com divulgação em âmbito nacional, mas se diz esperançoso.

“Temos capacidade de mostrar para o país que podemos mudar essa realidade, basta que queiramos porque juntos podemos ser fortes o suficiente”, conclui.

O Ministério Público reforçou para os secretários e diretores escolares que não haverá trégua no tocante às fiscalizações e pediu que os municípios se adiantassem e tentassem buscar a solução dos problemas em suas frotas antes da visita do Núcleo da Educação e do Detran. Deixou claro, também, que a fiscalização do MPE é um primeiro levantamento dos problemas mais visíveis e não a inspeção semestral exigida em todos os veículos.

O representante do Detran, Sérgio Adriano colocou à disposição para auxiliar no que for necessário.

“O papel do Detran nessa parceria é orientar sobre o caminho a percorrer com o intuito de garantir a segurança nos veículos e também de participar da fiscalização nos municípios. O convênio assinado é para somar ações em prol da vida de pessoas”, frisa.

Para Carlos Lobo, presidente da Udeme, e diretor municipal de Educação de Dois Riachos, tudo só pode ser solucionado com o empenho de todos.

“Para resolver o problema do transporte escolar depende da boa vontade de cada, de nós e dos nossos prefeitos. Se houver realmente uma aproximação entre nós gestores e o Ministério Público é possível uma boa parceria e também um futuro melhor”, diz Lobo.

Por fim, os representantes dos municípios sugeriram que o Ministério Público convidasse os prefeitos para uma reunião similar, onde pudessem ouvir dos seus representantes as mesmas orientações, visto que são os maiores gestores, responsáveis por licitações e emprego de todos os recursos.

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