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23/03/2009 00:00:00

Municípios


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Os prefeitos não aceitam pagar o preço da crise assistindo a queda vertiginosa dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios e vão parar a estrutura municipal por um dia para protestar contra o que consideram de "estado de pré-insolvência". A decisão foi tomada em assembléia, nesta segunda-feira, pela maioria absoluta dos prefeitos alagoanos.

Os prefeitos escolheram o próximo dia 02 de abril para a manifestação que vai atingir os 102 municípios, incluindo Maceió. Nesse dia todas as atividades serão suspensas e, no lugar delas, os gestores vão às ruas decretar luto e mostrar a população o que está acontecendo com as cidades. Apenas os serviços essenciais vão funcionar.

Na reunião, os prefeitos também decidiram iniciar um processo de mobilização permanente começando já na próxima segunda-feira com a presença de toda a bancada federal - deputados e senadores- na AMA. Os parlamentares serão chamados a se posicionar com relação a queda na arrecadação para que sejam os porta-vozes , em Brasília, no momento em que o Ministério da Fazenda pensa em estender o prazo de isenção do IPI. Eles vão receber um documento, que também será entregue ao representante do governo federal, em Alagoas, com os dados das perdas históricas dos municípios.

Para o presidente da AMA, Luciano Barbosa, os prefeitos não aceitam mais ser penalizados e ouvir o discurso de que gastam mal os recursos. O vice-presidente, João de Paula, prefeito de Capela, disse que se o governo não tivesse interesse em prejudicar os pequenos municípios, que sobrevivem do FPM, reduziria os juros bancários e faria uma compensação financeira em contrapartida pela redução do IPI e correção da tabela do Imposto de Renda.

O prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima disse que essa mobilização é importante e necessária para que o Brasil veja o que está acontecendo com os municípios pobres e pequenos. "A nossa realidade é completamente diferente do Sul, onde a maioria dos gestores não precisa do FPM para desenvolver as cidades. Aqui, um real faz diferença", complementou.

Até o dia 02 de abril, os prefeitos vão usar todos os meios de comunicação disponíveis nos municípios para mostrar a população o que vem acontecendo e convocar a população para se juntar ao dia da manifestação. "Com a união de todos seremos fortes o suficiente para que o governo federal entenda que é no município onde tudo acontece e que, sem recursos, não há como manter o pacto federativo", concluiu o prefeito de Maribondo, José Márcio.

AMA


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