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Cidade
21/01/2019 11:00:00

Prédios abandonados em Maceió estão à mercê do tempo e do descaso


Prédios abandonados em Maceió estão à mercê do tempo e do descaso
Ilustração

Maceió tem cerca de 400 imóveis abandonados espalhados por toda capital. Boa parte desses imóveis estão localizados no Centro da cidade e já foram alvos de diversas vistorias.

Alguns prédios estão em situação crítica e ameaçam cair a qualquer momento, como é o caso da estrutura de ferro da antiga sede do Tribunal de Contas da União (TCU), localizada na praia do Sobral, em Maceió. Na região não sobrou quase nada, a maresia corroeu tudo e passar pela antiga sede do TCU se tornou um risco. 

No centro de Maceió, o antigo prédio da Secretaria Estadual de Educação teve metade de sua estrutura corrompida no final de 2017. Depois do incidente, o local deixou de ser invadido e se tornou abrigo para animais abandonados. 

No Jaraguá, os prédios históricos não conseguiram escapar do descaso, e vários estão destruídos, pichados e servem de abrigo para moradores de rua. Em alguns desses prédios sobrou apenas a fachada -o que deixa as estruturas ainda mais vulneráveis.

Mas o maior símbolo de abandono da cidade é a antiga sede do INSS no Centro de Maceió. O local já foi alvo de invasões, incêndios e atualmente encontra muita dificuldade para ser vendido, chegou a ser colocado em leilão, mas não foi arrematado.

O descaso se estende para outras regiões da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet), de janeiro a agosto de 2018, mais de 260 prédios foram vistoriados pelo órgão, dentre os prédios visitados 4 deles são públicos e estão localizados na parte baixa da cidade.

Os proprietários desses imóveis recebem notificações para regularizar a situação predial do imóvel. Quando isso não acontece, os casos são encaminhados para a Procuradoria Geral do Município para serem judicializados.

A Secretaria realiza as vistorias de forma rotineira desde 2013. Elas têm como objetivo analisar a salubridade, estabilidade de segurança, desempenho e habitabilidade dos imóveis.

Em 2015, a sede do antigo Tribunal de Contas da União foi disponibilizada para a Fundação Nacional do índio (Funai), mas a estrutura não pode ser aproveitada e deverá ser demolida. Os custos da demolição deverão ser arcados pela União. 

Na parte alta da cidade, o prédio do antigo Colégio São Gabriel localizado na Cidade Universitária, já foi utilizado como ponto de tráfico e segue abandonado, as paredes do imóvel são um reflexo do descaso na região. 

Outro símbolo de abandono é a antiga sede do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), também localizada no centro da cidade, no ano passado o local passou por uma vistoria rígida e foi lacrado para evitar eventuais invasões. O prédio está inscrito no leilão da Caixa Econômica Federal, assim como os outros prédios públicos abandonados desde 2016.

Apesar dos riscos, o destino dos imóveis abandonados na capital alagoana ainda é incerto, e a situação é uma ameaça constante para a população. Alguns desses prédios podem passar pelo processo de revitalização, outros podem ser demolidos, mas por enquanto os imóveis continuam sendo atingidos pelo descaso.

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