" Nós tivemos a chance hoje também de falar sobre as ameaças que emanam da Venezuela, e sobre nosso profundo desejo de trazer a democracia de volta para o povo da Venezuela", afirmou Pompeo, que nesta terça-feira (1º) assistiu à posse de Bolsonaro.
"Nós conversamos sobre Cuba, Venezuela, Nicarágua. Esses são lugares onde as pessoas não têm a oportunidade de expressar seus pontos de vista, de falar o que pensam. Esses são o tipo de coisas sobre as quais nós pretendemos trabalhar juntos", completou o secretário de Estado.
Pompeo declarou ainda que Brasil e Estados Unidos "compartilham valores como democracia, e isso não acontece em muitos países".
Depois da reunião no Itamaraty, Pence esteve com o presidente Jair Bolsonaro.
Em sua fala, Araújo disse que teve uma "excelente conversa sobre como construir uma parceria mais intensa e muito mais elevada com os Estados Unidos".
O ministro afirmou ainda que trocou com Pompeo ideias sobre valores que os dois países compartilham.
"Trocamos ideias sobre nossa ideia de mundo, sobre trabalhar juntos pelo bem e por uma ordem internacional diferente, que corresponda aos valores dos nossos povos", afirmou.
Segundo Araújo, o Brasil está "se realinhando consigo mesmo", e a política externa, de acordo com ele, segue o mesmo caminho. "Nossa política externa está se realinhando com o povo brasileiro."
Antes da reunião com Pompeo, Araújo teve uma audiência com o ministro de Relações Exteriores de Angola, Manuel Domingos Augusto.
O angolano disse a jornalistas que confia em uma boa cooperação da política externa do governo brasileiro com os países africanos. Segundo ele, um dos indícios disso é o fato de Angola ter sido o primeiro país a se reunir com o novo chanceler.
"Acabei de vir de uma reunião em que o chanceler reafirmou o desejo de dar prioridade à cooperação com África, no caso específico de Angola ficou traduzido: os senhores jornalistas viram quem é que se seguiu a mim na audiência com o chanceler."
Ministro das Relações Exteriores de Angola (ao centro) teve reunião com Ernesto Araújo no Itamaraty — Foto: Ana Carolina Moreno/G1
"Percebemos que quando há um discurso de campanha, há um discurso político também virado para dentro", disse ele sobre o discurso feito por Bolsonaro durante a campanha. Augusto reiterou, porém, que o Brasil também é um país muito importante para o mundo.