Representantes de neonatologistas, obstetras e anestesistas entregaram, agora há pouco, pedidos de demissão coletiva ao reitor da Uncisal, André Falcão. Neste momento, os profissionais e o reitor estão na sede da Maternidade Santa Mônica, onde também está a direção do Sindicato dos Médicos.
Segundo o presidente do sindicato, Wellington Galvão, as demissões devem atingir 80% do quadro. Os profissionais reivindicam a implantação imediata do Plano de Cargos Carreiras e Salários, a realização de um concurso público para suprir a falta de pessoal e a equiparação salarial, já que, dentro de cada especialidade, há salários diferentes.
Segundo Wellington Galvão, os 20% restantes são, na maioria, profissionais que estão quase se aposentando. Como na área de urgência e emergência o tempo exigido é de 25 anos, muitas pessoas estão nesta situação.
Demissões
No dia 3 de março, um grupo de dez neonatologistas – todos prestadores de serviço – entregaram pedidos de demissão coletiva à direção da maternidade. A partir do dia 2 de abril, os profissionais devem deixar a maternidade. “Isso deve prejudicar ainda mais o atendimento”, afirmou Wellington Galvão, acrescentando que foi feito um estudo que mostra que a Saúde em Alagoas deixou de obter R$ 91 milhões por falta de projetos.
"Se até o dia 16 nada for resolvido, a Santa Mônica deve fechar as portas", afirmou Wellington Galvão.
O reitor da Uncisal, André Falcão, afirmou que está buscando uma solução para resolver esse problema dos prestadores de serviço e também dos outros profissionais. “Todo o esforço está sendo feito para que não haja prejuízo para a população. Estamos correndo contra o tempo”, garantiu o reitor.
Ele ainda pediu a sensibilização dos profissionais e explicou que esse não é um problema pontual da maternidade. Por fim, ele ainda disse que a universidade não tem autonomia para contratar profissionais, nem resolver a situação, mas espera que tudo se normalize.
com tudonahora // elaine rodrigues e cristiane calaça