Apenas quatro agentes penitenciários são responsáveis por tomar conta de aproximadamente 1200 presos na Penitenciária Masculina de Segurança Máxima, no Complexo Penitenciário de Maceió.
A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira, 25, após vistoria realizada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen) na noite de segunda-feira, 24.
Para o vice-presidente do sindicato, Petrônio Lima, a situação é classificada como verdadeiro descaso, tendo em vista o tamanho do local e a quantidade de membros faccionados.
"Um presídio desse tamanho, com presos faccionados, e hoje o efetivo é de quatro agentes penitenciários, quatro. Lembrando que aqui está reclusa a nata a criminalidade de Alagoas", diz.
Vale lembrar que o presídio possui capacidade para apenas 670 presos distribuídos em quatro módulos com 21 celas com capacidade para 8 custodiados cada e 1 cela para portadores de deficiência, de acordo com o site da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social.
Para o presidente do Sindapen, Kleyton Anderson, o problema aponta a necessidade de um concurso público de maneira urgente para o aumento do efetivo.
Kleyton lembra ainda a existência de uma decisão judicial que obriga o Estado a realizar um concurso para preenchimento de 550 vagas.
"Em janeiro irá acontecer uma audiência sobre concurso, com participação do Estado de Alagoas e do Ministério Público do Trabalho. Necessitamos que o Estado aumente o efetivo dos presídios para dar maior segurança à sociedade", aponta Kleyton Anderson.
O EXTRA entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), responsável pelo sistema prisional, mas até o fechamento da matéria, a pasta ainda não havia se posicionado sobre o caso.