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Existe em União dos Palmares no Bairro Santa Fé a 5 km. do centro da cidade em estado de conservação precária 21 pavilhões cercados por uma área de 22 hectares, reformada na decada 70 pelo Governo do General Ernesto Geisel para substituir a época a antiga Colônia Agrícola Penal Santa Fé remanescente dos anos 40.
Construída nos moldes de presídios americanos e dotada de modernidade arquitetônica desproporcional (à época), a unidade dispunha para os detentos em regime semiaberto de celas individuais ou com acomodações para 2 presos, biblioteca, cinema com tela oval, teatro, sala de recepção para os visitantes, alojamento para os militares, salão para festas, recreação e até uma escola para os filhos dos apenados. Neste complexo foram empregados o equivalente a mais de 40 mil dólares.
O prefeito de União dos Palmares era o ex-governador Manoel Gomes de Barros e o vice o folclórico ‘Biu da Barra’. Não se pode afirmar com certeza, mas algumas pessoas falam que existiu uma contrapartida do município para a obra. Um dos pensamentos do conhecido Dr. Mano com o funcionamento do complexo era que os insumos como gêneros alimentos, remédios, vestiarias e outros seriam feitos no comércio local gerando renda e emprego.
As terras da Colônia Penal Santa Fé projetadas para o trabalho dos presos se estendiam por mais de 40 hectares mas com a desativação do presidio a época considerado modelo para a América Latina estas terras foram invadidas por grileiros e vendidas a terceiros para construção de chácaras logo após a desativação.. .
Não se sabe ao certo o motivo do encerramento das atividades e o consequente fechamento da Colônia que ainda serviu para a Formação de Praças da Policia Militar, mas os mais antigos falam que foi um argumento do então governo do Estado para desativar o presidio São Leonardo e construir o hoje Baldomero Cavalcante e o Presidio de Segurança Máxima. O tempo passou, a comunidade carceraria cresceu e hoje o sistema prisional alagoano é caótico e criticado por todos.
O acervo fotográfico da Agência Tribuna União tem o registro da visita do então Presidente da República General Ernesto Geisel a União dos Palmares Geisel que em companhia do Dr. Manoel Gomes de Barros e de Benedito Correia de Lima visitaram o andamento da obra. Este fato mostra o que a Colônia Penal poderia representar para o Brasil. Mas sob o inaceitável argumento de um surto de cólera, o que ensefou fosse sumindo paulatinamente os objetos da Colônia: começou pelos utensílios de cozinha, da escola, os livros da biblioteca, das máquinas projetoras de filmes, o mobiliário e até as grades de ferro das celas foram roubadas e vendidas no ferro velho.
Alguns entusiastas defendem a ideia de que o local poderia se transformar em uma faculdade, em uma Escola Agrícola ou até mesmo no IFAL graças a grandeza de sua estrutura que a ação do homem e as intempéries estão destruindo a cada dia. É um patrimônio com o dinheiro do contribuinte e se não houver uma providência urgente logo deixará de existir.
Vejam nestas fotos do engenheiro Antônio Urbano cedidas gentilmente a Agência Tribuna União o que restou deste empreendimento projetado para ser referência e o foi enquanto funcionou.
Antônio Urbano com Agência Tribuna União
