O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou nesta sexta-feira (21) um inquérito civil para apurar supostos atos de improbidade administrativa cometidos pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
A investigação foi aberta, segundo o MP, após Crivella viabilizar que seu filho, Marcelo Hodge Crivella, atuasse como gerente de recursos humanos na Prefeitura - ele estaria interferindo nas escolhas do Poder Executivo Municipal.
A ação foi movida através da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital. Ainda segundo o MPRJ, o filho do prefeito estaria auxiliando o pai na escolha do novo secretário de Cultura do município, inclusive realizando entrevistas com os candidatos ao cargo.
Marcelo Hodge Crivella estaria agindo, também segundo o Ministério Público, como um gestor de recursos humanos, de forma aparentemente clandestina. A atuação irregular, caso confirmada durante a investigação, viola o princípio da moralidade administrativa.
A Prefeitura do Rio informou nesta sexta-feira (21) que recebe com surpresa a informação, "vinda através da imprensa uma vez que não foi notificada oficialmente, sobre a apuração aberta pelo Ministério Público".
A Prefeitura também negou que o filho do prefeito tenha qualquer ligação com a administração municipal. Além disso, disse que considera a ação infundada e, ainda assim, se coloca disponível para prestar qualquer esclarecimento que por ventura o MPRJ ainda tenha.
Marcelo Hodge Crivella — Foto: GloboNews reprodução
Hodge já foi alvo de uma ação após Crivella tentar nomeá-lo como secretário municipal da CAsa Civil. A nomeação chegou a ser proibida pelo Supremo, mas posteriormente o processo na corte foi arquivado.
Esta semana, a Justiça do Rio também extinguiu a ação, movida pelo advogado Victor Travancas contra a nomeação, feita pelo prefeito Marcelo Crivella em fevereiro do ano passado. A decisão foi da juíza Neusa Regina Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública.
No entendimento da magistrada, Travancas não poderia ser titular de uma ação contra a Prefeitura, já que ele ocupa um cargo comissionado na administração municipal, onde assumiu o cargo de coordenador na captação de recursos. Para a juíza Neusa Regina Leite, isso contraria o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.
G1