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Justiça
03/12/2018 08:06:00

Ministério Público e Justiça ‘nunca precisaram de prova’, acusa Renan


Ministério Público e Justiça ‘nunca precisaram de prova’, acusa Renan
Senador Renan Calheiros

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) publicou vários textos no seu perfil no Twitter nos últimos dias com críticas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. O político alagoano diz que várias investigações do MP são feitas sem provas na hora em que o acusado é denunciado.

Aproveitam também e mandam [Antonio] Palocci fazer uma nova delação. Entre eles, alguém questiona: ‘e a prova?’ E outro responde: ‘nunca precisamos de prova’”, escreveu Renan.

Aproveitam também e mandam [Antonio] Palocci fazer uma nova delação. Entre eles, alguém questiona: ‘e a prova?’ E outro responde: ‘nunca precisamos de prova’”, escreveu Renan.

“A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (que Janot acusara, lembram, de ser ligada a mim quando eu nem a conhecia), não pode ceder ao fétido corporativismo e patrimonialismo de setores do Ministério Público Federal e do Judiciário. 

“Nesta semana, não lembro quem, quis saber o que eu penso do reajuste dos Poderes no final da legislatura. Eu disse: o Brasil seria um país mais respeitável se os problemas da corrupção, da transparência, do Ministério Público Federal, do Judiciário, e das contas públicas como um todo fossem apenas esses R$ 39 mil do teto e os R$ 6.000 do auxílio-moradia dessa gente. 

O buraco é bem maior, segui respondendo. Continuam pagando salários de R$ 150, 200, 300 mil Brasil afora. A que pretexto? Não importa, eles dizem que é salário.  De que fonte, de onde vem o dinheiro? Também não importa, continuei respondendo, até o Funjuris serve. 

“Na prática, enfatizei, são mais de 20 penduricalhos. Talvez, esse auxílio-moradia para marido, para esposa, mesmo tendo casa própria, seja mais defensável, por exemplo, do que a ajuda para educação que o contribuinte paga aos filhos deles até 25 anos de idade, mesmo que seja apenas para aprender inglês.

Mas lembre-se, prossegui: o Moro falou que tudo isso é justificável porque é salário.

“Enquanto isso, eles vão seguir coagindo o STF, não deixam a Câmara dos Deputados votar o fim do abuso de autoridade, dos supersalários, das aposentadorias de juiz e promotor quando comentem malfeito. 

“Não sei se você se recorda, mas o Senado já votou tudo isso. 

“Mas eles pressionam  a Câmara e o STF para manter privilégios. 

“E vão seguir divertindo a plateia…Mandam prender o Pezão porque o pé cresceu demais; mandam Adib Assad  citar Serra, Alckmin, Marta; fazem  outra denúncia contra o Lula, desta vez por ter recebido doação para o Instituto  (só quem pode receber por palestra é o Dellangnol); aproveitam também e mandam Pallocci fazer uma nova delação.

“Entre eles, alguém questiona: e a prova? 

“E outro responde: nunca precisamos de prova.

“E o jogo continua…”

“Não sou candidato à presidência do Senado. Não cogito e não quero. Já fui presidente quatro vezes, sendo o senador que mais se elegeu para esse cargo desde a redemocratização. A presidência não pode ser 1 fim em si mesmo e não há escassez de bons nomes”.

“Semana cheia, plenário, julgamento, conversas com presidente da República, com Paulo Guedes, com ministro do STF, além da batalha contra pneumonia. Quase passa-me desapercebido o mais importante da semana: Rodrigo Janot iria depor no caso JBS. Supreendentemente, a JBS desistiu do depoimento.

“Rodrigo Janot, Anselmo Barros, Marcelo Miller, Eduardo Pellela, e as advogadas Fernanda Tórtima e Esther Flesch, protagonizaram 100% os acordos de delação do Cerveró, Delcídio do Amaral, Fernando Baiano, Odebrecht, Sergio Machado, JBS e outros. Todos com as mesmas características: delações ilegais com gravações forjadas, sociedade de procuradores com advogados, dinheiro na conta através de contratos bilionários, lavagem de dinheiro, legalização do dinheiro desviado pelos criminosos, imunidade penal (inclusive internacional), encomenda de citações de pessoas, multas irrisórias para pagamentos suaves em 40 anos… Tudo com prova, contrato de honorários, gravações, dinheiro na conta de escritórios, de parentes…

“A OAB nunca quis investigar. O Joesley, mesmo com pedido de rescisão do acordo, conseguiu pagar a multa. E o Marcelo Miller (que era o operador de todos os lados, que trabalhou para todas as partes ao mesmo tempo, cuja prisão fora pedida para inglês ver), acaba de passar em concurso de Juiz para obter foro privilegiado. Para onde vamos? Como você sabe, embora ainda exista preso condenado sem prova, com execução antecipada, eu continuo otimista”.

https://www.poder360.com.br 



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