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Réu confesso do assassinato do vereador de Maceió Silvânio Barbosa, ocorrido no começo de setembro deste ano, no apartamento da vítima, no Benedito Bentes, Henrique Mateus da Silva, de 19 anos, afirmou que não premeditou o crime e estava sob efeito de drogas quando cometeu o homicídio. Ele concedeu entrevista exclusiva, exibida na tarde desta quinta-feira (29), ao repórter Wadson Correia, da TV Ponta Verde.
No Presídio do Agreste, onde está preso, Henrique contou à reportagem que matou Silvânio porque o vereador, que estava ferido no quarto, pediu socorro e tentou alcançá-lo já na sala, no momento que ele fugiria do apartamento, levando as chaves do veículo e vários pertences da vítima.
“Ele quis pedir socorro e eu voltei... Eu pedi a ele para ficar calado até eu ir embora, para não pedir socorro, mas ele veio atrás de mim e foi onde segurei ele... Eu estaria morto se ele tivesse gritado, eu seria linchado”, relatou, acrescentando que, antes disso, chegaram a bater na porta chamando por Silvânio.
Segundo Henrique, as primeiras facadas desferidas contra o vereador foram motivadas por uma discussão, depois que ele se negou a manter relações sexuais com a vítima. O acusado reforçou que, na ocasião, já estava a cinco dias utilizando drogas e tomando um “remédio azul” – que ele não soube dizer o nome - para se manter acordado.
Pedido de desculpas
Chorando em alguns momentos da entrevista, o réu confesso disse que se arrependeu do crime e pediu desculpas aos familiares do vereador. Sem citar nomes, ele também contou que foi ameaçado de morte: “Disseram que vão me matar quando eu deixar o presídio ou aqui dentro mesmo... Mas, está desculpado, porque é preciso desculpar para ser desculpado”.
“Só soube depois que ele era muito querido na cidade. Peço perdão a todos os familiares e pessoas que gostavam dele”, afirmou em outro trecho da conversa, acrescentando não lembra onde jogou a faca peixeira usada como arma do crime. Natural da Paraíba, ele contou que andava com o objeto porque soube que Maceió era uma cidade perigosa.
Por fim, o acusado relatou também que, antes de confessar o homicídio, chegou a apanhar e teve um saco colocado na cabeça na delegacia em Pombal (PB), onde foi preso. “Para muitos eu sou um monstro, mas fiz isso à força das drogas”, finalizou.
A prisão de Henrique aconteceu na noite do dia 08 de setembro, mesmo dia que o corpo de Silvânio foi encontrado. O acusado foi detido em Pombal, no Sertão da Paraíba. Com ele, a polícia encontrou o veículo, dinheiro e outros pertences roubados do vereador.
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