O desembargador Orlando Manso negou liberdade ao ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes Barros. O magistrado indeferiu o habeas corpus – com pedido de liminar - impetrado pela defesa de Adalberon, no qual alega que o acusado “está pagando por delitos que jamais cometera”.
O ex-prefeito está preso desde o dia 11 de dezembro de 2007, após ter sido pego pela Polícia Federal, em Piracicaba/SP, portando documentos falsos. Ele responde pelos assassinatos do professor Paulo Bandeira, do motorista Carlos André Fernandes e do assessor parlamentar, Jeams Alves.
Além de alegar a inocência do cliente, o advogado Wndeck Veloso Neto argumenta que as acusações que pesam contra Adalberon de Moraes “Trata-se de verdadeira armação, e o pior tem como provar sua inocência, porém, não encontra guarida, nem tampouco confiança e credibilidade de quem quer que seja, autoridade ou não, a fim de fazer vê-la (...)”, segundo consta nos autos do processo. A defesa alega ainda excesso de prazo e constrangimento ilegal decorrente da prisão preventiva.
No entanto, Orlando Manso rechaça as argumentações da defesa do ex-prefeito e indeferiu o pedido. De acordo com a decisão monocrática do magistrado, publicada na edição desta quinta-feira, 5, do Diário Oficial do Estado, não há como tomar conhecimento da desnecessidade da prisão preventiva, uma vez que não foi juntada aos autos o decreto da prisão, o que impossibilitou sua análise por insuficiência de provas.
“(...) O fundamento de que o paciente é inocente também não prospera neste momento em virtude do procedimento sumário e célere do habeas corpus que não comporta um exame circunstanciado e aprofundado de provas a fim de se verificar a inocência do réu. Isso deve ser feito no momento oportuno”, argumentou Manso.
com alagoas24horas // cláudia walkiria