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A queda-de-braço entre militares e Governo parece não ter fim. O fato é que representantes do Governo informaram, no fim da manha desta quinta-feira, 05, que a contraproposta só será apresentada após uma análise na situação financeira do Estado. Um novo contato está previsto para ocorrer na manhã desta sexta-feira, 06.

Entretanto, para definir os novos rumos que serão traçados para melhoria da categoria, uma nova assembleia geral está marcada para esta sexta-feira, 6, às 15h, na sede da Associação dos Sargentos e Subtenentes Militares (Assmal), no Trapiche. Em seguida, os militares sairão em marcha para o Palácio República dos Palmares. Na oportunidade, a categoria irá decidir se delibera um aquartelamento, caso o Governo não se pronuncie.

"O Rubim informou que esteve em reunião ontem com o Governador Téo Vilela e o secretário de Gestão Pública, Guilherme Lima para discutir a situação dos militares. O impasse se dá devido os dados apresentados pela Secretaria da Fazenda que são equivocados. Por isso, estaremos levando a CUT para mostrar os dados reais do Estado. Esperamos que o Governo se sensibilize. Não estamos pedindo favor e sim, algo que já foi garantido por lei" informou o presidente da Assmal, Sargento Teobaldo de Almeida.

Reivindicação

Os militares reivindicam o cumprimento da lei de n° 6.823, assinada em 13 de julho de 2007 pelo governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho. De acordo com a lei, os militares têm garantida a equiparação salarial dos oficiais, praças militares e intermediários ao cargo de coronel.

O artigo 3° desta lei prevê ainda a revisão dos índices inflacionários relativos aos salários dos anos de 2006, 2007 e 2008. Entretanto, o acordo firmado ainda não foi cumprido pelo Governo de Alagoas e a categoria luta pela implantação imediata do retroativo referente a 7% e as datas bases além das negociações dos 19% restante até agosto deste ano.

Reunião

A arrecadação de tributos do Estado de Alagoas foi a discussão durante a reunião realizada na noite de quarta-feira, 4, entre o sargento Teobaldo de Almeida (presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas - Assmal) e Isac Jackson (presidente da CUT).

Na ocasião foram apresentados os números do Estado quanto à folha de pagamento dos Policiais Militares e a arrecadação estadual em 2008. De acordo com informações do sargento Teobaldo de Almeida, a arrecadação cresceu R$1,7 bilhões no ano passado e o ICMS apresentou um aumento real de 8,8%.

"Isso representou um incremento de R$140 milhões aos cofres estaduais. Além disso, o fundo de participação teve um acréscimo de 14%. Queremos saber para onde está indo o dinheiro do estado, já que, além desse incremento ainda reduziram os gastos com despesas em R$ 22 milhões. O Governo ainda fala que só pode dar 7%, queremos também as datas bases dos três últimos anos" afirmou o sargento Teobaldo.

Para Isac Jackson, o governo deve aplicar os 7% dos soldados ao capital para então aliar a tabela da categoria. "Após unificar a tabela de soldado, o Governo deve ver uma forma de aplicação dos 19% das datas bases do coronel ao soldado. Estaremos apoiando o movimento e dando todo suporte técnico em relação às contas do Estado" informou Isac.