Depois de quase um ano do assassinato do vereador de Batalha Tony Carlos Silva de Medeiros, conhecido como Tony Pretinho, a advogada da família de José Márcio Cavalcante, o “Baixinho Boiadeiro” disse nesta sexta-feira, dia 09, à reportagem do Cada Minuto, que tem como provar que o tiro que vitimou o vereador não saiu da arma dele (Baixinho). 

 

Na próxima segunda-feira, 12, será realizado um exame de micro comparação balística no Instituto de Criminalística (IC) para verificar o calibre das armas dos suspeitos. Segundo os advogados da família, Mabylla Loriato e Edmilson Silva, “essa prova estava sendo pedida desde o início do processo e apesar da resistência da justiça finalmente conseguimos”.

A perícia que será acompanhada por dois peritos oficiais e pelo perito Sérgio Hernandes, contratado pela família  Boiadeiro “vai comprovar qual foi a arma utilizada por Baixinho no confronto que teve com José Emílio Dantas, na tarde do dia 9 de novembro de 2017,  após o assassinato de Adelmo Rodrigues de Melo, de 61 anos, conhecido como Neguinho Boiadeiro”, disse a advogada.

“O confronto balístico será para provar que a arma do Baixinho é uma 45mm porque quando houve o assassinato do Tony, os delegados que investigaram o caso perguntaram se havia alguma arma de calibre 9mm, foi dito que existia e afirmaram que se tratava da mesma arma que teria sido utilizada no confronto com o Zé Emílio Dantas, logo agora vamos ter a oportunidade de comprovar isso”, ressaltou Mabylla.

Sobre a demora da justiça para elucidar o assassinato de Adelmo Rodrigues, que hoje completa um ano, a advogada comentou que a família prefere não se pronunciar sobre o caso.

Caso Tony Pretinho

Em fevereiro deste ano, a justiça decretou que  José Márcio Cavalcante, conhecido como “Baixinho Boiadeiro”, apontado pela polícia alagoana como autor do assassinato do vereador Tony Carlos Silva de Medeiros, o Tony Pretinho, ocorrido em 15 de dezembro de 2017, se encontrava foragido. 

De acordo com a polícia, as motivações da morte seriam o fato de o suspeito achar que Tony Pretinho teria ligação com a morte de seu pai, o vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro.

Os acusados de efetuar mais de 15 disparos utilizaram uma arma de fogo de 9 mm e uma de calibre 12mm.
O vereador foi alvejado com disparos de arma de fogo em frente à casa onde morava, no Centro da cidade.
Tony Pretinho também trabalhava como agente penitenciário, no Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, e era compadre de Baixinho Boiadeiro.

Em março, em cumprimento de mandado de prisão, as polícias Civis de Alagoas e Santa Catarina prenderam André Souza dos Santos, conhecido como “André barba”. O preso é suspeito de ter participação no homicídio de “Tony Pretinho”.

O advogado de defesa de André Santos,  Marcos Ernesto, ressalta que “foi informado pela polícia que este teria tomado destino ignorado, encontrando-se à época na cidade de Brusque, em Santa Catarina, quando também soube que este seria um possível risco à aplicação da lei penal, porém a defesa ressalta que as provas dos autos o nome de André apenas veio a ser mencionado no dia 05 de março, porém o mesmo estava desde 2017 no sul do país com sua família, de maneira que no processo consta a comprovação da sua CTPS anotada com data anterior  à citação indevida do seu nome no processo”.

A defesa ainda afirma que “na verdade André Souza Santos, em sede policial jamais teve seus direitos constitucionais respeitados e que a justiça está próxima de ser esclarecida”, concluiu Marcos Ernesto.