Com Gazetaweb
inda não há previsão para que o Instituto Médico Legal (IML) libere o corpo do advogado italiano Carlo Cicchelli, de 48 anos, encontrado morto na segunda-feira (5), dentro de uma residência no bairro da Ponta Grossa, em Maceió. O consulado agiliza documentações para os exames de identificação.
De acordo com a assessoria de comunicação da Perícia Oficial de Alagoas (PO/AL), em nome da família, a representante do consulado compareceu na tarde de ontem ao IML e recebeu orientações sobre os procedimentos de identificação e liberação do corpo.
"Ela ficou de retornar hoje ao IML, com a documentação solicitada, para que a unidade providencie os exames de identificação. Quanto aos contatos feitos pela família do italiano, não há nenhuma informação até o momento", afirmou a assessoria.
A Perícia disse que não há previsão para a liberação do corpo, levando em conta os procedimentos cabíveis ao caso, já que o cadáver precisa, em primeiro lugar, ser identificado oficialmente, através de prova técnica.
Questionada sobre a possibilidade de outros exames complementares, como DNA e papiloscopia, a Perícia salientou que só terá mais detalhes após a conclusão da necropsia.
A família do advogado havia dito à imprensa que o corpo será cremado no Brasil e, em seguida, levado para a Itália. Os trâmites para a cremação e o traslado serão feitos pelo irmão, Antônio Cicchelli, e por um cunhado da vítima.
O crime
O corpo do italiano foi localizado pela Delegacia de Homicídios. O advogado chegou a Maceió, em junho, e os parentes estavam há meses sem contato. Por isso, acionaram o Consulado para comunicar o desaparecimento.
De acordo com a Polícia Civil (PC), o corpo do advogado estava dentro de um saco, amarrado na área de serviço da residência.
Em depoimento, Clea - namorada do advogado e suspeita do crime - relatou, também, que tinha uma relação tumultuada com a vítima, "sendo agredida pelo advogado". Eles mantinham uma relação desde 2014.
Segundo a família, o advogado veio para Maceió para se encontrar com Clea. A última vez que ele entrou em contato com os parentes foi no dia 27 de setembro, para pedir o envio de 2.500 euros na conta do Banco do Brasil no nome de Gisela de Lima, suposta irmã da parceira afetiva que Carlo tinha na capital. Suspeita-se que o advogado esteja morto há 40 dias.