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Mundo
30/10/2018 08:04:00

Tempestade em Itália faz sete mortos, submerge Veneza e encerra escolas


Tempestade em Itália faz sete mortos, submerge Veneza e encerra escolas
Veneza, na Itália, ontem

https://observador.pt 

Uma grande parte de Itália está em estado de alerta devido à confluência de ventos violentos, chuvas torrenciais e marés vivas.

Em Veneza, a Praça de São Marcos teve mesmo de ser evacuada depois de a  “acqua alta” (“água alta”, em tradução livre) ter atingido um pico de 156 centímetros — um nível para o qual os passadiços de madeira habitualmente dispostos para permitir circular a seco em caso de inundação já não são seguros.

Na praça de São Marcos, as pessoas tiveram de percorrer as ruas em volta com as crianças às cavalitas e os pés ensopados em botas demasiado baixas.

O nível das cheias deixou mais de 70 por cento do centro histórico de Veneza debaixo de água. Apesar de um ligeiro abrandamento durante a tarde, os ferries que fazem o transporte público na cidade tiverem mesmo de ser suspensos.

É a sexta vez na história recente da cidade que a “acqua alta” ultrapassa os 150 centímetros: ela atingiu 151 centímetros em 1951, 166 em 1979, 159 em 1986, 156 em 2008 e um recorde de 194 centímetros em novembro de 1966.

Além de Veneza, quase toda a Itália está em alerta: vermelho no norte (Ligúria, Lombardia, Vêneto, Friul-Veneza Júlia, Trentino) e nos Abruzos (centros), laranja em boa parte do resto da península e na Sicília.

Todas as escolas de Vêneto foram encerradas, tal como as de Roma, Génova (noroeste), Messina (Sicília) e de muitas cidades do Piemonte e da Toscânia.

No nordeste, rajadas de vento de até 100 quilómetros por hora nas áreas costeiras e 150 quilómetros por hora na montanha eram esperadas hoje à noite, com um total de precipitação em alguns dias equivalente ao volume de vários meses.

Algumas zonas montanhosas do norte de Vêneto já ultrapassaram os 400 milímetros de chuva acumulada desde sábado, e os serviços meteorológicos preveem mais chuva forte.

“Estamos preocupados, porque a situação é análoga, ou talvez pior, àquela que Vêneto viveu [nas grandes inundações] de 1966 e 2010. Os terrenos já estão saturados de água, os rios têm um caudal elevado e, por causa do siroco (vento quente, muito seco, que sopra do deserto do Saara), o mar não absorve”, comentou Luca Zaia, presidente da região de Vêneto.

No sul, um tornado atravessou a província de Brindisi no domingo, devastando os campos, arrancando pela raiz oliveiras jovens ou centenárias e cobrindo a zona com azeitonas arrancadas pelo vento.




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