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Polícia
29/10/2018 19:01:00

Mãe nega participação do filho em assassinato de advogado


Mãe nega participação do filho em assassinato de advogado
Ilustração

Via Extra Alagoas

Ocorre desde a manhã desta segunda-feira, 29, a audiência de instrução que colhe depoimentos sobre o assassinato do advogado José Fernando Cabral. O mandante do crime seria o sócio, o também advogado Sinval José Alves. A audiência é presidida pelo juiz John Silas e Ministério Público do Estado (MPE) tem como representante o promotor Napoleão Amaral.

A primeira a ser ouvida foi a esposa da vítima, a médica Lenilde Cabral. Segundo ela, Sinval José tinha parado de repassar valores de processos judiciais ao escritório de advocacia e, durante algum tempo, tentou culpabilizar o contador da empresa. A sociedade dos advogados, ainda conforme a médica, estava prestes de ser finalizada.

“Existia a dívida de R$ 600 mil e os dois conversaram a respeito em almoço marcado em um restaurante”, contou. José Fernando Cabral chegou a receber um bilhete com ameaças, fato que deixou a esposa da vítima transtornada. “Após a morte do meu marido nem Sinval e nem a esposa dele foram ao velório. Ninguém sequer me ligou”, declarou.

Lenilde disse ainda que o dinheiro que teria sido desviado por Sinval seria proveniente de trabalhos prestados à usina Coruripe. “A vida da minha família virou de ponta cabeça. Eu e minhas filhas estamos passando por psicólogos e fazendo tratamento por remédios”.

Um dos acusados de participação do crime é o segurança Denisvaldo Bezerra, de 26 anos. Familiares marcaram presença na audiência cobrando por justiça.

De acordo com a mãe Célia Bezerra, o filho foi preso por causa de uma ligação de celular. “O Irlan Almeida, um dos acusados, pediu o telefone do meu filho. Era um conhecido família. Meu filho é inocente. Não sabia do motivo da ligação”.

Allan Almeida, irmão de Irlan, também prestou depoimento. Negou que identificou o irmão nas imagens de segurança gravadas supostamente antes e depois do crime.

Um dos funcionários da casa de câmbio, onde aconteceu o assassinato, José Eleno da Silva, contou que o advogado Sinval José pediu para que ele chegasse cedo na empresa e arrumasse o local para reunião com José Fernando Cabral.

"O assalto ocorreu no máximo em quatro minutos. Dispararam e saíram correndo. Pensei que iria ser alvejado também. Não fomos revistados pelos bandidos. Levaram meu celular".

José Eleno é considerado peça-chave para resolução do caso, uma vez que avistou e reconheceu os participantes da ação.



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