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Especial
21/09/2018 15:00:00

Preconceito, tratamento e maconha medicinal: A causa de Caroline Heinz


Preconceito, tratamento e maconha medicinal: A causa de Caroline Heinz
Caroline Heinz

São inúmeras mensagens, fotos e vídeos por dia. Já perdeu a conta. Fala diariamente com as mães que ligam, muitas vezes chorando de emoção. Comemoram as conquistas dos filhos que conseguiram falar mamãe ou que sorriram pela primeira vez. "Me ligam agradecendo, falam que fui um anjo na vida delas. Imagina, estou só sendo a facilitadora, elas que tiveram a ação de buscar um tratamento alternativo para o filho. Recebi hoje uma foto. A filha dessa mulher usa o medicamento desde 2014. Olha o que ela falou: 'Tatá está fazendo a sobrancelha. Ficar nessa maca sem espasmos era impossível dois anos atrás'. Então nossa... É algo que muda não só a vida dos pacientes, mas a vida de toda a família".

Caroline Heinz, 32 anos, é vice-presidente da HempMeds Brasil, subsidiária do grupo americano Medical Marijuana Inc., e primeira empresa a trazer o óleo de cânhamo rico em canabidiol (CBD) para o Brasil. Já faz algum tempo que ela não é mais responsável por fazer o contato direto com as famílias que precisam dos medicamentos, mas esse tipo de retorno e proximidade continua forte. É o dia inteiro com o celular pipocando. E cheio de notícias boas. "Muitos pacientes com fibromialgia [síndrome que provoca dores por todo o corpo] estão usando e esses pacientes não tem mais para onde correr, eles perderam emprego, eles têm uma dor que a gente chama de dor da alma, perdem casamento, família, tudo porque não conseguem se relacionar mais e uma mandou mensagem 40 dias depois de começar o uso. Falou que tinha saído para jantar com amigos e ainda usou um saltinho. Muda a vida dessas pessoas".

Falam que fui um anjo na vida delas. Imagina, estou só sendo a facilitadora, elas que tiveram a ação de buscar um tratamento alternativo para o filho.

 

CAROLINE LIMA/ESPECIAL PARA O HUFFPOST BRASIL
Ela é vice-presidente da primeira empresa a trazer o óleo de cânhamo rico em canabidiol (CBD) para o Brasil.

 

E a vida de Caroline também mudou muito. Sem ter nenhuma relação com medicina ou com o mercado medicinal da maconha acabou parando na Califórnia e sua carreira foi completamente alterada. Com formação em jornalismo e atuação na indústria cinematográfica, entrou nessa área meio por acaso. Após uma temporada em Encinitas, em 2012, alguns anos depois ela resolveu voltar para estudar. Antes de ir, descobriu uma alteração nas células do colo do útero e acabou se aproximando da empresa que traria muitas outras mudanças para ela. "Eu não tinha a menor ideia do que se tratava... maconha medicinal, CDB, nada. Era totalmente leiga. Na Califórnia já era um boom e comecei a escutar falar sobre e comecei a buscar mais informações".



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