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Saúde
21/09/2018 16:00:00

Aparecimento de cólera é investigado pela Sesau em Alagoas


Aparecimento de cólera é investigado pela Sesau em Alagoas
Sesau em Maceió

A secretaria de Estado da Saúde (SESAU) divulgou que foi detectada uma bactéria causadora da cólera em Alagoas. A bactéria foi encontrada em uma amostra coletada no Rio das pedras em Porto Calvo, município do Estado.

A secretaria informou que está investigando a existência de casos de cólera em Alagoas. O material coletado em 28 de agosto foi isolado e levado para ser analisado no laboratório Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Rio de Janeiro.

No começo de Setembro a Sesau lançou uma nota que ressalta as providências iniciais a serem tomadas a partir do momento em que o material foi coletado nas águas do rio. Segundo a nota, o último caso de cólera confirmado laboratorialmente no estado aconteceu em 2001 no município de Teotônio Vilela e desde então não se teve nenhum novo caso confirmado.

Ainda de acordo com a Sesau, Alagoas continua monitorando a presença do vibrião colérico no ambiente desde 2002. Em 2008 a bactéria foi detectada no município de Colônia de Leopoldina no Rio Jacuípe e em 2014 no município de Quebrangulo, no Rio Paraíba. Em todos os casos em que a bactéria foi encontrada no ambiente, os resultados indicaram que se tratava do Vibrio Cholerae O1, não toxigênico.

A doença

A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda causada por uma toxina produzida pela bactéria Vibrio Cholerae O1 Ogawa, e é facilmente transmitida por contaminação fecal-oral, ou seja, através da ingestão de água ou de alimentos contaminados. Um dos sintomas mais comuns da doença é a diarreia, mas pode também apresentar vômitos. As fezes costumam ser mais aquosas que o normal, possuindo tons amarelos e esverdeados, sem muco, pus ou sangue.

A prevenção

O monitoramento e a assistência hospitalar se intensificaram para evitar a reintrodução da cólera no Estado, às ações de prevenção são:

·         Alerta a todos os profissionais da atenção básica e da assistência hospitalar no município de Porto Calvo;

·         Reforço das coletas ambientais, observando a jusante e a montante do local onde houve a identificação da bactéria, com agendamento semanal para coleta e encaminhamento ao LACEN, durante o período de três meses (iniciais);

·         Realização de coletas de amostras clínicas em todos os pacientes com diarreia independente da gravidade;

·         Intensificação e distribuição de orientações sobre o uso de hipoclorito para desinfecção da água em domicílio;

·         Realização de ações de fiscalização sanitária em pontos de venda de água mineral e em possíveis locais de envaze clandestino;

·         Atualizações sobre os casos de Diarreia para profissionais da assistência à saúde em Porto Calvo, agendado para a próxima quinta-feira 20/09.

A secretaria ainda ressalta que apesar do resultado positivo para bactéria, não significa necessariamente que haverá epidemia de cólera no estado e que por isso as ações de prevenção serão intensificadas.

Nota da Sesau

A amostra do Vibrio cholerae O1 Ogawa isolada no último dia 28 de agosto, foi encaminhada e o laudo refere que o gene identificado pode induzir a produção da toxina. Com a identificação de amostras ambientais positivas, as ações de monitoramento e controle foram intensificadas e desencadeadas, de forma integrada, pelas equipes da vigilância em saúde, atenção básica e assistência hospitalar, a fim de evitar o retorno do agravo. Ressaltamos que a identificação de uma amostra positiva e potencialmente tóxico no ambiente não confirma casos de cólera nem que o mesmo poderá causa-la, mas serve de alerta para os profissionais de saúde e para a população.

com CADA MINUTO



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