Um ano e 20 dias depois de um pedido de vistas, finalmente a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas volta a analisar o recurso de apelação do ex-cabo Luiz Pedro da Silva contra sua condenação a 26 anos e 5 meses de prisão por crimes que tiveram como vítima Carlos Roberto Rocha Santos. O servente de pedreiro então com 31 anos foi levado à força de sua casa por homens que integravam a milícia do ex-deputado no dia 12 de agosto de 2004. Seu corpo nunca foi encontrado.
Levado a júri popular e condenado em setembro de 2015, Luiz Pedro entrou com o pedido de apelação em abril de 2016 para anular a sentença e que começou a ser julgada no dia 30 de agosto do ano passado pela Câmara Criminal. O julgamento, contudo, foi suspenso por um pedido de vistas do desembargador revisor, José Carlos Malta Marques, que passou mais de um ano para pedir que ele voltasse a ser incluído na pauta.
Em agosto do ano passado, o relator da apelação, desembargador Sebastião Costa Filho, apresentou seu voto pela negativa do recurso, mantendo a sentença da 8ª Vara Criminal da Capital que condenou o ex-deputado à pena de 26 anos e 5 meses pela prática dos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe e uso de emprego que dificultou a defesa da vítima, sequestro e formação de quadrilha.
Em nome do Ministério Público, o procurador Antônio Arecippo pediu a prisão imediata de Luiz Pedro, uma das figuras mais emblemáticas do estado e que mantém sob severas regras os moradores dos seis conjuntos habitacionais que construiu na periferia da capital.
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