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Política
16/09/2018 07:35:00

Inimigos cordiais fritaram candidatura de Collor ao Governo


Inimigos cordiais fritaram candidatura de Collor ao Governo
Collor em campanha

Ao entrar, de última hora, na disputa ao Governo de Alagoas, o senador Fernando Collor (PTC) tinha todos os mapas eleitorais nas mãos.

Sabia, por exemplo, que não contaria com o apoio integral do PSDB; sabia, também, que prefeitos aliados do senador Benedito de Lira (PP) e do deputado federal Arthur Lira (PP) não mudariam de lado, ou seja, abandonariam a nau do governador Renan Filho (MDB) em nome de Collor.

Foi convencido que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) desceria grotas e subiria palanques, ao lado do senador. Apareceu em duas caminhadas. Sumiu.

Também foi convencido que prefeitos aliados dos De Lira estariam com Collor porque não receberam recursos, para as cidades, do Governo, mas emendas federais, principalmente na área da saúde, articuladas por Biu e Arthur.

Os prefeitos desapareceram.

A pesquisa encomendada ao Ibope pela Federação das Indústrias (Fiea)- não registrada- apontava que o desafio era maior que o esperado.

Diferente de 2010- quando Collor disputou e perdeu o Governo- havia amplas chances de um segundo turno, mesmo ele ficando em terceiro lugar e se aliando a Ronaldo Lessa (PDT) contra Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Para 2018, os números do Ibope, em pesquisa divulgada em 16 de agosto, mostravam: as chances de um segundo turno eram quase nulas.

Houve surpresas. Um dos seus inimigos políticos mais antigos, José Thomáz Nonô (DEM), está na coligação de Collor. Ofereceu o tempo do partido para o guia eleitoral mas não faria campanha. “Foi o mais honesto de todos da coligação. Disse que não apoiava o Collor mas não criaria problemas. E não criou. Tivemos problemas com quem prometeu apoio e não cumpriu”, disse um vereador ao blog.

E Kelmann Vieira, vice de Collor? “Topou o desafio mesmo tendo no grupo gente que atrapalhava a campanha da mulher dele [Flavia Cavalcante disputa vaga a estadual e marcha com Renan Filho]. Foi fiel até o final”, disse um vereador ao blog.

Onde Collor não entendeu que o grupo político dificilmente lhe daria apoio?

Collor errou a estratégia?

Ele espera um acordo com Renan Filho (MDB) para 2022, quando o governador deve disputar o Senado?

Ou é tudo o avesso do avesso?



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