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Justiça
15/09/2018 20:00:00

Marroquim entra em recuperação judicial após golpe no Pará


Marroquim entra em recuperação judicial após golpe no Pará
Ilustração

A Marroquim Engenharia Ldta está “mal das pernas”. O advogado da empresa Jeferson Germano Teixeira entrou com pe­dido de recuperação judicial. O valor da ação é de quase R$ 13 milhões. O pro­cesso será analisado pelo juiz Pedro Jorge Cansanção, da 13ª Vara Cível da Capital.

O pedido de recuperação judicial chegou à Justiça na terça-feira, 11. Atualmente, a Marroquim tem quatro empreendimentos, todos residenciais, em construção na capital alagoana. A quase falência da construtora está ligada a um escândalo em Belém do Pará.

Quando a bomba explodiu, a empresa, em Maceió, tentou colocar “panos quentes”, informando o processo só atingia uma filial. Meses depois, a Marroquim Engenharia precisou entrar com pedido de recuperação judicial. E o fato que aconteceu no Pará? Bem, o sonho era morar num confortável apartamento, em área nobre de Belém, virou para muitos uma enorme dor de cabeça.

As vítimas são mais de 200 compradores que se filiaram ao sistema de vendas do Grupo Marroquim. São imóveis pagos e não entregues, obras inacabadas e, para completar a frustração, apartamentos com infiltrações nas paredes, além de problemas elétricos. Seja na justiça comum, como na trabalhista, as queixas de clientes da empresa, empregados e fornecedores possuem uma afinidade na reivindicação: o grupo alagoano Marroquim não cumpre aquilo que promete e não paga o que deve. As dívidas já alcançam R$ 30 milhões.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, o presidente da Marroquim Engenharia – uma das empresa do grupo – Mário Marroquim do Nascimento Neto, destaca a importância do mercado imobiliário da capital paraense, afirmando o seguinte: “Belém é tão desafiadora que a gente chega a ter um empreendimento residencial, comercializado, ou seja, o grupo fecha em dois, três dias, 60 apartamentos. E nós, como grande visualizador de negócios, identificamos lá um grande potencial”. Para Belém, ele mandou o irmão e sócio, Fernando Mário Marroquim Junior, que comanda o esquema.

Os prejudicados pelo grupo alegam que receberam promessa de “composição de prejuízos” da Marroquim, embora reclamem da demora na resposta da empresa. “Se arrependimento matasse, eu já estaria morto e enterrado, porque fiz o pior negócio da minha vida”, reconheceu um empresário. Outro, médico, mais revoltado, disparou: “o que eu mais queria, hoje, é ver esses caras da Marroquim na cadeia”. A empresa alagoana se defendeu, mas o tempo mostrou que realmente é sua culpa.

À imprensa, a construtora prometeu honrar os contratos. Agora é esperar.

Jornal A Notícia



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