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Saúde
10/09/2018 07:32:00

Cientistas descrevem circuito cerebral ligado ao estresse pós-traumático


Cientistas descrevem circuito cerebral ligado ao estresse pós-traumático
Ilustração

Os cientistas chamam de memória aversiva o medo que aprendemos a sentir a partir de uma experiência traumática. Já se sabia que ele é diferente do medo inato – aquele que vem inscrito nos nossos genes. Um trabalho recente demonstrou pela primeira vez que, para além dos genes, o medo aprendido difere do inato na forma como o cérebro o processa. Em artigo publicado na revista especializada Cerebral Cortex, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP descreveram um circuito composto de quatro áreas do córtex que é responsável por fazer um processamento complexo de ameaças de vida. Quando qualquer uma dessas áreas sofre uma lesão, a formação da memória de medo é prejudicada.

O córtex é a parte mais externa do cérebro. Sabe-se que está envolvido com geração de respostas elaboradas e cognitivas, como o aprendizado e a formação de memória. Quando a pesquisa começou, os cientistas do ICB queriam saber de que forma o córtex poderia trabalhar em conjunto com outra área do cérebro, o tálamo, para sustentar os processos de aprendizado de memória aversiva.

“Uma grande teoria sobre o funcionamento do córtex cerebral é de que ele tem um processamento dinâmico. Conversa o tempo inteiro com outras áreas do cérebro para sustentar os processos que ele trabalha. Então, a gente fez uma abordagem múltipla, de várias áreas ao mesmo tempo”, conta Miguel Xavier de Lima, pesquisador que realiza o pós-doutorado no Departamento de Anatomia do ICB e é um dos autores do artigo. “A gente abordou quatro áreas, mas provavelmente esse circuito é maior.”




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