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Política
10/09/2018 11:00:00

Segurança é ponto alto de programas


Segurança é ponto alto de programas
Fernando Collor

Gazeta de Alagoas

A crise da segurança pública, que ainda expõe o Estado como sendo um dos dez mais violentos do País, inclusive com disputa de território de facções criminosas como o PCC e o CV, é um tema relevante na maioria dos programas dos candidatos ao governo de Alagoas.

Tanto que, mesmo o Estado deixando o topo da lista de homicídios, a morte de jovens negros, pobres, na periferia não dá trégua. Dentro dos presídios os batismos de integrantes continuam. É também de lá que tem saído a ordem para a execução e controle de pontos de droga.

Os concursos públicos realizados ainda não foram suficientes para diminuir os riscos da atividade policial, nem conter a expansão do crime organizado. Quanto à atividade policial, os riscos também continuam, não só pela periculosidade, mas o estresse diário que tem levado alguns a cometerem suicídio. Outros, sem capacitação para a direção de viaturas, têm sofrido acidentes graves nas estradas.

Na Polícia Civil, a crise é ainda maior, com mais de 600 policiais prestes a se aposentar, que em alguns casos trabalham em delegacias sem condições estruturais, com paredes mofadas, com corrente elétrica e com alojamentos em péssimo estado.

Veja as propostas dos candidatos ao governo para reverter essa situação.

RENAN FILHO (MDB)

Em seu plano de governo, registrado no Tribunal Regional Eleitoral, o governador Renan Filho, da coligação “Avança Mais, Alagoas”, que reúne os partidos MDB, Pode, PPS, PDT, PR, PTB, PHS, PT, PV, PRP, PRTB, PSD, DC, PCdoB, Avante, PMN e Solidariedade, apresenta várias ideias, mas não fala na “guerra de facções”.

O texto, que se assemelha a um grande relatório de atividades dos mais diversos setores, promete reformar as instalações físicas e melhorar a autoestima dos policiais.

Ao comentar o tema para a edição deste domingo, por meio de sua assessoria, Renan Filho disse que “o governo do Estado pôs em prática uma das principais estratégias de combate à violência em Alagoas: os Centros Integrados de Segurança Pública (CISPs). Já são 16 em todas as regiões do Estado. A estratégia dos CISPs está aliada a outro programa lançado pelo governo de Alagoas em março de 2017, o Força Tarefa da Segurança Pública”.

O governo também destacou a queda no ranking da violência. “A capital alagoana liderava o ranking da violência em 2011, com 102,9 mortes violentas para cada grupo de 100.000 habitantes, o dobro da segunda colocada. Em 2018, esse número foi reduzido para 55,1 mortes para cada 100.000 habitantes, deixando Maceió na 9ª posição no ranking da violência entre as capitais brasileiras, o que demonstra a dimensão do trabalho executado”, informou o governo.

Entre as propostas destacou que vai ampliar as ações de prevenção e repressão, com destaque para as ações de Inteligência e informações; aumentar as operações integradas, com ênfase na implantação dos Centros Integrados de Segurança Pública (CISPs); e as operações de inteligência, bem como expandir a atuação do Programa Força Tarefa.

Outro ponto enaltecido é a implantação desse programa na Polícia Civil, a ampliação do Sistema de Videomonitoramento, dos serviços de Disque-Denúncia 181 e, ainda, o monitoramento aéreo no Sertão com a implantação de heliponto em Delmiro Gouveia.

Quanto à prevenção à violência, o programa traz ainda a ideia de levar formação superior aos reeducandos. “Fortalecer, também, a Inteligência do sistema prisional do Estado, ampliar o acesso dos reeducandos ao Ensino Superior a Distância (EAD), criar programa para tratamento da população carcerária com dependência química, instituir a agenda permanente de mutirões carcerários, fortalecer a Escola de Administração Penitenciária e implementar o modelo de gestão prisional alagoano nas Casas de Custódia do Estado”, destacou o governo.

COLLOR (PTC)

O candidato a governador de Alagoas Fernando Collor, da coligação “Alagoas com o Povo”, que reúne os partidos PTC, PSDB, PP, PSB, PSC, PROS, PRB e DEM, afirma que o governo é ineficiente na gestão da Segurança Pública. 

Ele cita estudo do jornal Folha de S.Paulo que atesta o fato de o Estado compor o clube em que se gasta também mal o dinheiro público destinado à área da Segurança. “Lamentavelmente, Alagoas possui quase o dobro da taxa de homicídios do Brasil. Só entre jovens no Ensino Médio, o índice é de 60 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes, um dos maiores do País”.

Collor ainda lamentou a situação da Polícia Civil, responsável pela investigação dos delitos e encaminhamento dos inquéritos à Justiça. “A corporação está pedindo socorro. Das 141 delegacias, há 40 fechadas. Se elas não funcionam, então a quem a população vai recorrer para registrar ocorrências?”, questiona o candidato da coligação “Alagoas com o Povo”, para defender que a área da Segurança Pública será tratada como política de Estado.

“Pretendemos atuar em duas frentes: uma, com foco nos jovens, para os quais direcionaremos atividades que os afastem das ruas. A segunda é fazer com que a mão pesada do Estado venha a ser sentida. Nesse pensamento, os presídios deixarão de ser escritórios do crime”. Fernando Collor informou que a área da Segurança Pública também funcionará dentro do conceito de rede e com apoio efetivo da Inteligência.

“Com ações firmes de prevenção, repressão e ressocialização, acreditamos alcançar o objetivo de impactar e reduzir os índices de violência. É trabalho difícil, mas venceremos”, disse Collor, comprometendo-se, em seu Programa Básico de Governo, com a ampliação e a renovação dos efetivos das polícias, agentes penitenciários, peritos e Corpo de Bombeiros.



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