Delegado detalha operação que resultou na prisão de filho de juiz, advogado e taxista

A Polícia Civil lotada na Delegacia Regional de Penedo repassou detalhes da 2ª fase da operação que foi desencadeada nas primeiras horas desta terça-feira, 04 de setembro, e que resultou, até o presente momento, na prisão de um advogado, um taxista e do filho de um juiz.

De acordo com as informações policiais, na cidade de Penedo foram presos o advogado João Paulo Duarte e o taxista Flávio Firmino da Silva. Já na capital alagoana, os agentes prenderam Jairo Xavier da Costa Júnior, que é filho de um juiz que desempenha suas funções na comarca de Palmeira dos Índios.

O delegado Gustavo Xavier, titular da Delegacia Regional de Penedo, está no Rio de Janeiro para cumprimento de um mandado de prisão de uma outra pessoa acusada de participar do grupo que causou um prejuízo de mais de R$ 200 mil.

Do Rio de Janeiro, Gustavo Xavier conversou com nossa redação. O delegado explicou que o taxista, o advogado e o filho do juiz integram a mesma organização criminosa que começou a ser desarticulada no dia 22 de agosto pela Polícia Civil de Alagoas, em parceria com a Deic do Rio Grande do Sul.

“A operação ainda está em andamento, mas o que posso adiantar é que essas três pessoas que foram presas hoje (terça, 04 de setembro) integram a mesma organização criminosa que causou um prejuízo financeiro à uma família do Rio Grande Sul. Dessa vez, as vítimas são do Rio de Janeiro. A forma de agir era a seguinte: os acusados ingressavam com ações cíveis criando partes que não existiam no processo com a falsificação de documentos. Com isso eles ganhavam as ações e recebiam o valor da causa no lugar das vítimas”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, a organização criminosa pode ser ainda maior. “Não descartamos a possibilidade de deflagração de novas fases dessa operação. Acreditamos que essa organização criminosa é ainda maior já que está comprovada a participação de pessoas de Penedo, em Alagoas, e também do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro”, complementou, enfatizando que o plano foi descoberto depois que familiares da pessoa que deveria receber o valor de uma ação judicial de execução e que morreu em 2001, no Rio Grande do Sul, obtiveram a informação de que o dinheiro já tinha sido pago.

Os presos serão autuados por associação criminosa, falsidade ideológica e furto mediante fraude. Outras pessoas acusadas de integrarem o grupo já são consideradas foragidas.