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Saúde
28/08/2018 15:00:00

Pressão 15x10 é perigoso?


Pressão 15x10 é perigoso?
Saúde

A famosa “pressão alta” tem nome: Hipertensão Arterial Sistêmica. Trata-se de uma doença silenciosa que faz parte de um grupo específico chamado “Doenças Crônicas Não Transmissíveis”, classificado assim pelo Ministério da Saúde.

 

Quem tem pressão alta?

Quando o debate entra em Hipertensão Arterial, é um pouco difícil de dizer. A doença não tem predileção por gênero masculino ou feminino, etnia (branco, negro, pardo, etc), peso (gordo ou magro) ou hereditariedade.

O que se sabe é que existem diversos meios de se desenvolver a hipertensão arterial. Frequentemente ela é associada a distúrbios metabólicos, alterações funcionais ou estruturais de órgãos ou, ainda, pela influência de certos fatores de risco como:

  • Hereditariedade: que, embora não seja o real motivo tem sua parcela de predisposição.
  • Obesidade: onde o acúmulo de gordura pode ser prejudicial e influenciar em alterações de pressão na circulação sanguínea, visando nutrir toda a massa corporal.
  • Dislipidemia: onde o aumento de colesterol é capaz de favorecer ainda mais a instalação de doenças cardíacas e predispor o indivíduo com essa característica a infartos ou AVC’s.
  • Intolerância à glicose ou diabetes: onde, em ambos os casos há ausência do bom funcionamento do hormônio insulina, que predispõe o indivíduo ao aumento gradual de peso.
  • Dieta: onde, muito sódio, acaba sendo capaz de influenciar diretamente no aumento da pressão arterial e no descontrole de doenças cardiovasculares.
  • Alcoólatras: a ingestão de álcool em abundância de maneira crônica é fator predisponente para o aumento da pressão arterial.
  • Sedentarismo: indivíduos insuficientemente ativos (considerados sedentários aqueles que não praticam ao menos 150 minutos de atividades físicas semanais) possuem mais predisposição para o aumento de pressão arterial.

Geralmente, o quadro de hipertensão arterial é aparente quando, durante a aferição, temos um valor igual ou superior ao de 14×9 (ou 140×90 mmHg). Isso significa que ter a pressão 15×10 é perigoso, mas o diagnóstico preciso é realizado através de um controle no consultório e em casa (também durante o sono) para confirmação.

No entanto, quando os valores ultrapassam 14×9 (140x90mmHG) na primeira consulta, o Ministério da Saúde aconselha iniciar o tratamento medicamentoso e acompanhar sua redução levando em consideração a certificação dos seguintes parâmetros:

 
  • Que antes da aferição o paciente não esteja com a bexiga cheia;
  • Que não tenha praticado exercícios até 60 minutos atrás;
  • Que não tenha bebido bebidas alcóolicas, café ou qualquer outro alimento nos últimos 60 minutos;
  • Que não fumou há pelo menos 30 minutos;

Classificação e Situações Adversas 

Como dito anteriormente, existem diversas causas para o aumento da pressão arterial, o que faz com que seus limites normais sejam um tanto quanto arbitrários. No entanto, na maioria dos casos os profissionais da saúde seguem os seguintes parâmetros:

  • Normotensão: a pressão arterial considerada normal está entre valores iguais ou menores a 120x80mmHg (12×8). Se o paciente estiver em tratamento e chegar a esse nível tanto dentro quanto fora do consultório, considera-se o problema controlado e mantém-se a medicação.
  • Pré-hipertensão: quando a pressão está entre 121-129×81-89mmHg (12.1-9×8.1-9), é necessário ter cuidado. Quem está nessa condição é mais predisposto a desenvolver a hipertensão propriamente dita, como também possui mais risco de desenvolver complicações cardiovasculares.
  • Hipertensão: igual ou maior que 140x90mmHg em diante capaz de reproduzir alguns sintomas de mal estar, divida em:
    • Estágio 1: 140x90mmHg (14×9).
    • Estágio 2: 141-159×91-99mmHg (14-15×9)
    • Estágio 3: 160-em diantex100 em diante mmHG (16×10+).

Ainda assim, existem algumas situações dignas de nota, uma vez que elas também são capazes de reproduzir o aumento da pressão arterial de maneira temporária:

  • “Síndrome do jaleco branco”: algumas pessoas sofrem picos de aumento de pressão arterial quando se encontram em situações de extrema ansiedade, como em frente a um médico, por exemplo.
  • Hipertensão mascarada: quando a pressão arterial é normal num consultório e se torna anormal em casa, cogite duas situações: realizar um acompanhamento para a confirmação do diagnóstico ou melhorar seus hábitos em casa.
  • Hipertensão sistólica isolada: por via de regra, o primeiro batimento ouvido no aparelho é a aferição da pressão sistólica (12-20+) e o segundo a diastólica (8-12+). Esse caso precisa controle, acompanhamento e terapia medicamentosa.
  • Hipertensão gestacional;
  • Crise hipertensiva.

O que acontece quando se tem pressão alta?

No Brasil, aproximadamente 32,5% (36 milhões de pessoas adultas) dos habitantes do país são portadores de Hipertensão Arterial. Dessa porcentagem, mais de 60% são idosos e 50% desses indivíduos acabam contribuindo de forma direta ou indireta no aumento dos números de pessoas que morrem com doenças cardiovasculares todos os anos.

Só em 2013, de 1.138.670 de pessoas que morreram, 339.672 delas (29,8%) morreram por causa de problemas cardiovasculares advindos do aumento da pressão arterial.

Não só os números são preocupantes, como também o que vem com eles: as consequências e o impacto familiar que vem com elas. Assim sendo, é claro que ser portador de uma pressão 15×10 é perigoso.

Um dos principais problemas vinculados ao aumento da pressão arterial é a distensão de vasos sanguíneos. Esses vasos, geralmente recobertos por uma camada externa e outra interna de característica fina e delicada, acabam sendo lesionados durante a circulação aumentada e, em alguns casos, acabam se rompendo.

 

Quando o rompimento desses vasos não acontece, uma outra situação é possivelmente esperada: seu endurecimento, estreitamento e consequente favorecimento ao acúmulo de gordura e trombose, ambos prejudiciais para a saúde.

Quando um vaso “entope” ou obstrui próximo ao coração, o indivíduo sofre com angina, o que antecede o infarto. Próximo ao cérebro, o vaso obstruído leva ao famoso “derrame”, também conhecido Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Já próximo aos rins, ele interrompe o bom funcionamento da filtração glomerular – que visa eliminar as toxinas do organismo através da urina – ou até mesmo interrompem seu funcionamento, favorecendo ainda mais o desenvolvimento e estabelecimento de doenças que possuem potencial de levar a óbito.

Uma pressão arterial má controlada pode lesionar os órgãos internos, levar à perda de visão e até mesmo a amputação de membros, ela não se limita apenas a prejudicar um pouquinho aqui e ali.

Por que pressão 15×10 é perigoso?

Ter a pressão 15×10 é perigoso, e isso não é só porque ela está nessa situação. A partir do momento em que a pressão ultrapassa a cota da normalidade, ela já é capaz de limitar suas ações, criar outras situações de mal-estar e, ainda, interferir no seu sentimento de bem-estar geral.

Dificilmente os sintomas estarão aparecendo durante o dia a dia para mostrar que a doença está instalada. As dores na nuca, a tontura e o mal-estar só aparecem quando a condição já está em uma fase bem avançada, o que dificulta o prognóstico e o sucesso do tratamento.

Afinal, a pressão arterial é consequência da “força” que o sangue faz contra as paredes dos vasos para conseguir circular pelo organismo inteiro. O coração, inclusive, bombeia de 5 a 6 litros de sangue por minuto que, por sua vez, se encarrega de nutrir os demais órgãos e auxiliá-los a desempenhar suas funções: é tudo muito rápido.

Em 90% a 95% dos casos, é muito difícil descobrir a causa exata da hipertensão, segundo o Dr. Drauzio Varella. Mas, mas uma coisa é certa: os maus-hábitos são precursores da doença e estimulantes da sua instalação. Para evitar o perigo, é preciso:

  1. Manter um nível de atividade física diária por pelo menos 30 minutos (150 minutos semanais, vide Organização Mundial de Saúde);
  2. Evitar a obesidade ou o ganho excessivo de peso;
  3. Evitar o consumo exagerado de bebidas alcóolicas ou fumo;
  4. Reduzir alimentos gordurosos (incluindo frituras e doces);
  5. Evitar o excesso de sal;
  6. Reduzir o estresse (um dos principais estimuladores do aumento da pressão arterial passível de desencadear mal-estar e anteceder infarto em situações agravantes);
  7. Solicitar acompanhamento contínuo.

Infelizmente, o aumento da pressão arterial é uma doença que não tem cura. É como um balanço natural do organismo que somos obrigados a manter e o negligenciamos.

É preciso medicar-se ou lutar para o combate a ela com todas as forças e para sempre. Você sabia? A instalação dos bons hábitos diários é capaz de reduzir significativamente a pressão arterial e servir de prevenção a diversas outras doenças. Que tal mudar de vida hoje?


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