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O governo colombiano declarou hoje que está trabalhando em um pacote de medidas que busca “soluções estruturais” para os cafeicultores, imersos em uma crise devido aos baixos preços do café no mercado local e internacional.
Quem fez a afirmação foi o ministro da Agricultura da Colômbia, Andrés Valencia, que atribuiu os baixos preços internacionais do grão à especulação na Bolsa de Nova York. Conforme disse, a orientação para a busca de soluções veio do próprio presidente do país, Ivan Duque.
Valencia frisou que o governo local reconhece que “neste momento o setor cafeeiro vive uma situação difícil” com o preço da commodity. Nos últimos dias, o preço de uma libra de café – equivalente a 453 gramas – tem sido cotado abaixo de um dólar.
Ainda que o chefe da pasta da Agricultura não tenha revelado valores de possíveis ajudas às cerca de 540 mil famílias que vivem do café, ele sugeriu que o governo Duque “quer dar um sinal de que não vai abandonar os trabalhadores do setor cafeeiro”.
Na próxima terça-feira, acontecerá a primeira reunião entre os representantes do setor e o governo colombiano, na qual serão revisadas as políticas de ajuda aos cafeicultores, que podem incluir auxílios financeiros, reestruturação de dívidas e apoio na aquisição de insumos, evitando uma números inferiores na próxima colheita.
Para o gerente-geral da Federação Nacional do Café, Roberto Vélez, o problema se estende para além das fronteiras colombianas. “Esta crise não é somente das 540 mil famílias colombianas, é uma crise mundial da cafeicultura”, disse.
Vélez afirmou também que, com os preços atuais, não há como a cafeicultura ser rentável em nenhum lugar do planeta. Na próxima semana, ele estará no Brasil, o maior produtor mundial de café, para tratar da situação. Além de nosso país, apenas o Vietnã está à frente da Colômbia na produção do grão.
