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Especial
21/08/2018 12:20:00

Levantamento coloca Alagoas entre os estados mais ineficientes do Brasil

Com resultados ruins em saúde e educação, gestão alagoana aparece na 20ª posição


Levantamento coloca Alagoas entre os estados mais ineficientes do Brasil
Ilustração

Uma análise divulgada pelo jornal Folha de São Paulo mostra Alagoas como um dos estados mais ineficientes do País no que diz respeito à relação entre recursos financeiros e cumprimento de polícias públicas. Chamada de REE-F, Ranking de Eficiência dos Estados - Folha, a ferramenta mostra quem conseguiu fazer mais utilizando o menor volume de verbas. A gestão alagoana aparece na 20ª posição.

O estudo, realizado em parceria com o Datafolha, considera 17 variáveis agrupadas em seis componentes para calcular a eficiência na administração das 26 unidades federativas. Foram levadas em conta ações desenvolvidas em áreas como educação, saúde, infraestrutura e segurança. O objetivo era quantificar o cumprimento de funções previstas em lei e responsabilidade dos governos estaduais.

Nesse cenário, Alagoas aparece com um REEF de 0,305, à frente apenas de Sergipe, Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Pará e Amapá. A escala vai de 0 a 1 e somente estados que ultrapassam 0,50 foram considerados eficientes - Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo. Outros seis mostram "alguma eficiência" e 15 foram considerados "pouco eficientes" ou "ineficientes".

Aparecem mais bem posicionadas as gestões que conseguem gastar menos para manter políticas públicas funcionando com maior sucesso, como ter mais jovens na escola, médicos e leitos em hospitais, redes de água e esgoto, melhores rodovias e menores índices de violência. Altas taxas de mortalidade infantil e de homicídios são os sinais mais fortes da ineficiência, de acordo com a ferramenta.

"A partir do cruzamento com a atividade econômica dos estados, o REE-F mostra que aqueles que mantêm ou que ampliaram sua base industrial e de serviços na composição do PIB, com impacto positivo na arrecadação de impostos, tendem a ser mais eficientes. Já os que têm a agricultura, a administração pública e os repasses da União como principais fontes de receita se saem pior", explica a Folha.

Áreas específicas

O índice nacional no ranking foi de 0,395. Além do número geral, a ferramenta também mostra o desempenho das gestões em cada área específica. A que Alagoas se sai melhor é a de finanças, com REE-F de 0,701 - o Brasil aparece com 0,597. Já a pior é a educação, com 0,134 contra a média de 0,463 do País, seguida da receita per capita (taxa local de 0,146 contra 0,372 da nacional).

A infraestrutura é a segunda maior conquista alagoana, com 0,522 de pontuação no ranking e acima da média brasileira, que foi de 0,459. Logo depois vêm segurança, com 0,523 (média nacional de 0,616), e saúde, com 0,308 (média nacional de 0,410). O levantamento também aponta a receita total do Estado no ano passado, R$ 10,7 bilhões, e o quanto foi pago com funcionalismo, R$ 4,3 bilhões, o que representa 40,1% do total.

O REE-F traz ainda as despesas pagas em 2016. A Educação, por exemplo, representou 8,4% do total - no Brasil, foram 14,1%. A Saúde, o Legislativo e a Previdência ficaram com 12,4%, 2,9% e 20,3%, respectivamente. No País, os dados levantados pelo Datafolha foram de 12,6% (Saúde), 3,3% (Legislativo) e 16,3% (Previdência).

Todos os dados de Alagoas podem ser conferidos no link.

A reportagem aguarda resposta da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) com relação aos dados divulgados pelo ranking.



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