Política

O diretor da Secretaria de Controle Interno do Senado, Shalom Granado, deve embarcar ainda neste domingo (17) de Brasília para Maceió (AL) para acompanhar as investigações da Polícia Federal, que apura a veracidade dos documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em sua defesa.

No último sábado (17), peritos da PF foram até o Senado Federal buscar cópias dos documentos apresentados por Calheiros ao Conselho de Ética. O senador apresentou recibos, notas fiscais e guias de trânsito animal para tentar provar que o dinheiro usado para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem teve uma filha, é proveniente de rendimentos agropecuários, e não do lobista Cláudio Gontijo, da Construtora Mendes Júnior.

Uma reportagem do Jornal Nacional mostrou que parte dos recibos da venda de bois estava em nome de empresas de fachada, a GF da Silva Costa e a Carnal. Entretanto, ambas negaram a compra de animais das fazendas do senador. No caso do Açougue São Jorge, que teria comprado R$ 429 mil em carnes, este declarou faturamento de apenas R$ 23 mil em 2006.

A documentação referente às empresas já havia sido periciada pelo corregedor do Senado Federal, Romeu Tuma (DEM-SP). O senador informou que, como não tinha competência para quebrar os sigilos fiscal e bancário de Renan Calheiros, não foi possível atestar a autenticidade da documentação apresentada.

A Polícia Federal, porém, informa que, por determinação do Conselho de Ética, os peritos vão apenas checar se os papéis apresentados por Renan Calheiros são verdadeiros e não devem investigar se realmente houve a venda do gado.

Portanto, segundo a própria PF, a perícia não será conclusiva sobre a legalidade das operações. O laudo preliminar será entregue na próxima segunda-feira (18).