O Partido dos Trabalhadores dá indícios de que não vai aceitar a derrota nas urnas. Aos moldes do que fez o PSDB em 2014, correntes internas mais radicais da legenda falam em impedir a posse do novo presidente, caso ele seja um adversário, ou tentar derrubá-lo por vias legais durante os quatro anos.
Um dos argumentos usados é justamente a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que classificam como injusta. Portanto, o pleito seria, nessa visão, ilegítimo. Lula foi registrado como candidato do partido, mas devido à Lei da Ficha Limpa, a chapa que deve chegar às urnas é composta por Fernando Haddad e Manuela D’Ávila.
Nomes importantes do partido, como a atual presidente, senadora Gleisi Hoffmann, fazem parte do grupo que propõe o “tudo ou nada” – já se fala, inclusive, na formulação de um pedido de impeachment contra um futuro presidente, se for de outro partido.
Apesar dos planos, o partido, apesar de abatido pela Lava Jato, aposta na capacidade de Lula de transferir votos para levar Haddad e Manuela ao segundo turno e vencer a eleição.