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04/02/2009 00:00:00

União dos Palmares


União dos Palmares
A Secretaria de Estado da Saúde faz um alerta para que todas as mães, que têm filhos entre 4 e 6 anos de idade, dirijam-se ao posto de  saúde mais próximo para imunizar as crianças com o segundo reforço da vacina contra a coqueluche. A preocupação se deve ao aumento de casos registrados em sete municípios de Alagoas, desde o último mês de dezembro.  

Técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica estão realizando visitas aos municípios para intensificar as ações diante de casos suspeitos ou confirmados. Os 102 municípios do Estado receberam comunicação oficial sobre a ocorrência dos casos, bem como as medidas a serem adotadas.

O secretário Herbert Motta adiantou que será formada uma força tarefa de técnicos do Estado em parceria com os municípios para garantir o controle da doença. "Nossa equipe da vigilância epidemiológica está empenhada no assessoramento técnico aos municípios, orientando na busca e acompanhamento de novos casos", enfatizou.

De acordo com Cleide Moreira, diretora de Vigilância Epidemiológica, técnicos da Sesau estão prestando assessoria técnica aos municípios para monitorar as ações desenvolvidas. "Todos os casos, além de serem notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), deverão ser informados imediatamente à Vigilância Epidemiológica estadual", reforçou. 

Ednalva Araújo, gerente de Controle de Agravos de Transmissão Respiratória, Sexual e Doenças Imunopreveníveis, salientou que os técnicos também estão reforçando a supervisão das salas de vacinação dos municípios. "Os imunobiológicos devem ser armazenados de acordo com normas técnicas do Ministério da Saúde, porque é isso que garante a qualidade e eficácia das vacinas".

Ela explicou que a vacinação contra a coqueluche deve ser iniciada com dois meses de idade, prosseguindo a segunda e terceira doses com quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço da vacinação deve ser aplicado após seis meses a contar da última dose; o segundo reforço está previsto entre os 4 e 6 anos da criança.

"Reforçamos a necessidade de notificação imediata de todos os casos suspeitos de coqueluche para que as medidas de controle sejam instituídas oportunamente, evitando surtos e epidemias. É imprescindível o envolvimento da equipe de Saúde local no monitoramento e acompanhamento dos casos e na adoção das medidas de controle, principalmente no que diz respeito à vacinação adequada", destacou Ednalva.

O acréscimo no número de casos desde dezembro de 2008 atingiu os municípios de Campo Alegre (21), Murici (2), União dos Palmares (27), Cajueiro (1), Arapiraca (1), Maceió (3) e Flexeiras (1); os dados ainda são preliminares. Durante todo o ano de 2007, Alagoas registrou 13 casos de coqueluche; em 2008, o número alcançou 38. Somente no mês de janeiro já soma 36 o registro de casos.

Parceria - Na manhã desta terça (3), na sede do Laboratório Central (Lacen), técnicos da Sesau se reuniram com a técnica do Ministério da Saúde (MS), Graça Serafim, para avaliar a ocorrência de coqueluche em Alagoas. Segundo Cleide Moreira, a vinda de uma representante do MS foi uma solicitação da Sesau para que o governo federal possa acompanhar de perto as ocorrências de casos suspeitos da doença, e com isso, avaliar as medidas que estão sendo tomadas para o controle.

"As medidas são padronizadas pelo Ministério da Saúde e a Sesau está tomando as devidas providências. O nosso papel é prestar uma assessoria e acompanhamento ao Estado", comentou Graça Serafim.

De acordo com o relatório da Sesau, foram coletadas 132 amostras dos casos suspeitos de coqueluche. Desses, 83 estão aguardando os resultados; 48 foram negativos, muitas vezes em função da medicação prescrita aos pacientes, e 2 foram positivos.

"A Sesau em parceria com o Ministério da Saúde vai fazer uma avaliação das ações e se for preciso vai tomar outras medidas, dentro das diretrizes do Ministério, para o controle da coqueluche em Alagoas. Mas é importante ressaltar que o empenho dos gestores municipais e o repasse das informações para o Estado são fundamentais para o controle da doença", salientou a diretora.

Transmissão - A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível com comprometimento do aparelho respiratório (traquéia e brônquios), acompanhada de tosse seca, podendo apresentar complicações graves e levar a óbito, principalmente entre os lactentes.

A transmissão se dá por meio do contato direto da pessoa doente através de gotículas de secreção eliminadas pela tosse, espirro ou ao falar. As queixas iniciais são de sintomas semelhantes aos do resfriado comum: febre moderada, coriza, espirros e tosse irritativa. A imunidade ocorre ao adquirir a doença ou após a vacinação adequada.

Toda pessoa, independente da idade ou estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais deve procurar uma unidade de saúde para investigar a causa do sintoma. Na maioria dos casos o diagnóstico é baseado em evidências clínicas e o diagnóstico laboratorial é feito através de cultura de material colhido da nasofaringe com técnica adequada.



Fonte: Assessoria


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