Trabalho e Emprego

Com o reajuste do salário mínimo anunciado pelo governo federal - que passou de R$
415 para R$ 465 e que entrou vigor em 1º de fevereiro - o salário do trabalhador
rural do setor canavieiro também foi reajustado e passou dos R$ 459 para R$ 477. O
aumento representou uma variação positiva de 3,92%. Antes mesmo do reajuste, o piso do setor já era o maior da região Nordeste.

De acordo com o secretário de Organização e Formação da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado de Alagoas (FETAG/AL), Antônio Torres, o reajuste do trabalhador da zona canavieira já estava previsto no parágrafo primeiro da convenção coletiva de trabalho.

O documento, firmado em dezembro de 2008 entre os trabalhadores e a classe patronal, foi assinado entre as partes fixando o salário mínimo, retroativo a 1º de novembro, em R$ 459.

"Segundo a convenção coletiva, caso o salário mínimo do governo se igualasse ou
ultrapasse o salário da categoria, seria dado o reajuste de um piso/garantia extra
de R$ 12 acima do mínimo determinado pelo governo federal. E foi justamente o que
aconteceu", frisou Antônio Torres.

"O reajuste deve gerar um certo desconforto entre os empresários do setor
sucroenergético alagoano. Mas, não temos a menor sombra de dúvida de que eles irão
honrar com o compromisso, efetuando o reajuste no pagamento dos salários dos
trabalhadores rurais", informou o representante da Federação.

Ele informou ainda que o novo salário dos canavieiros, a exemplo do salário mínimo
do governo federal, passou a vigorar desde 1º de fevereiro. O secretário da FETAG/AL
declarou também que os valores das tabelas de tarefa também tiveram reajuste
provocado pelo aumento do mínimo.

Com preços variados, os valores pagos nas tabelas variam de acordo com a modalidade
do serviço utilizado no corte da cana (cana crua, cana queimada, cana queimada
amarrada e cana queimada solta).