Das oito atividades do setor varejista pesquisadas, somente combustíveis e supermercados tiveram queda em junho – respectivamente de 1,9% e de 3,5%. O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria ficou estável, enquanto as outras cinco atividades apresentaram resultados positivos, sendo a mais expressiva na atividade de móveis e eletrodomésticos, que teve alta de 4,6%.
Resultados por atividades:
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,5%)
- Combustíveis e lubrificantes (-1,9%)
- Móveis e eletrodomésticos (4,6%)
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,1%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%)
- Tecidos, vestuário e calçados (1,7%)
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (0,0%)
No 2º trimestre, a redução atingiu sete das oito atividades, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 10,9% no primeiro trimestre para 5,2% no segundo), enquanto Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (de 5% para 6,2%) foi o único que mostrou ganho de ritmo na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2018.
No semestre, quatro das oito atividades tiveram expansão nas vendas, com, destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,6%) e móveis e eletrodomésticos (0,6%). Pressionando negativamente vieram combustíveis e lubrificantes (-6%), tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-8,8%) e equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-0,5%).
Em relação a junho de 2017, quatro das oito atividades tiveram avanço, com destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,1%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4%) e móveis e eletrodomésticos (0,7%).
Por outro lado, o principal impacto negativo veio de combustíveis e lubrificantes (-11,6%), seguido por tecidos, vestuário e calçados (-3,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-11,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%).
Comércio varejista ampliado
No comércio varejista ampliado, o volume de vendas em junho teve expansão de 2,5% em relação a maio, fortemente influenciada pelas vendas de veículos, motos, partes e peças (16%, compensando o recuo de 16% registrado em maio) e material de construção (11,6%, revertendo a queda de -9% de maio). Em comparação com junho de 2017, o comércio varejista ampliado registrou a 14ª taxa positiva, com avanço de 3,7%, com destaque para o setor de veículos, motos, partes e peças (10,3%), seguido por material de construção (5,2%).
Por região
Em junho, as vendas do comércio varejista recuaram em 12 das 27 unidades da Federação, com destaque para Roraima (-3,1%), Pernambuco (-2,2%) e Amazonas (-1,8%).
Pressionando positivamente, os destaques ficaram com Mato Grosso do Sul (2,8%) e Maranhão e Paraíba (ambos com 1,6%).
Frente a junho de 2017, o comércio varejista nacional avançou 1,5%, com 23 das 27 unidades da Federação com aumento de vendas e destaque para Acre (9,7%), Paraíba (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,3%). A pressão negativa veio de quatro estados, com destaque para Distrito Federal (-5,9%). Na composição da taxa do varejo, destacaram-se: Rio Grande do Sul (5,5%), Santa Catarina (6,9%), seguido por Espírito Santo (8,3%).
Recuperação lenta
Com o desemprego ainda elevado e confiança dos empresários ainda baixa diante das incertezas em relação às eleições, a expectativa é um ritmo de recuperação mais lento da economia.
Pesquisa Focus mais recente do Banco Central, que ouve cerca de uma centena de economistas todas as semanas, aponta que as expectativas para o crescimento da economia para este ano estão em 1,50%, metade do que era esperado alguns meses antes. O próprio governo federal reduziu recentemente sua previsão de crescimento do PIB neste ano de 2,5% para 1,6%. Até maio, estava em 2,97%.