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Saúde
07/08/2018 20:37:00

Prevenção é o meio mais eficaz e barato de combater o diabetes, diz Occhi


Prevenção é o meio mais eficaz e barato de combater o diabetes, diz Occhi
Ministro Occhi da Saúde
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, destacou que o Brasil é o 4º país do mundo com maior número de pessoas com diabetes, doença responsável por 5% das mortes globais. As informações foram dadas nesta terça-feira (7/8), durante o seminário Correio Debate —Acesso e avanços nos tratamentos do diabetes, realizado no auditório do Correio Braziliense.
 
De acordo com o ministro, a tendência mundial é de aumento dos casos. Segundo estudos internacionais, 415 milhões de adultos viviam com diabetes em 2015. Estimativas elevam esse número para 642 milhões até 2040. No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde indica que 9 milhões de brasileiros tinham o problema em 2013. De 2010 a 2016, o óbito por diabetes subiu 11,8%, saindo de 54 mil para 61 mil mortes.
 
"Nós estamos, cada vez mais, agregando tecnologia, informações e melhorias. Cada vez mais, nós mudarmos nossos hábitos, e, se o SUS (Sistema Único de Saúde) for capaz de fazer um diagnóstico precoce, com atendimento mais rápido na atenção básica, menos demanda nós teremos na alta e na média complexidade, que trazem um custo maior ao Sistema Único de Saúde”, ressaltou Occhi. O ministro da Saúde apontou ainda que é preciso incentivos para prevenir a doença. "A saúde é um esforço de todos. Prevenir é o melhor remédio. Não é trabalhar para curar a doença".
 
Na prática, 12% do valor gasto com saúde no mundo é para o tratamento do diabetes, o que representa US$ 670 bilhões. Na contramão, 50% dos portadores do tipo 2 da doença não são diagnosticados. No Brasil, por exemplo, o custo com a internação de pacientes é de US$ 243,9 milhões por ano, sendo 836 milhões de internações. “Setenta por cento desses casos poderiam ser prevenidos”, destacou Occhi.
 

Diabetes no Brasil

Nas capitais brasileiras, 7,6% da população tinham diabetes em 2017. Houve uma queda em relação à 2016, quando registrou, 8,9%. “Mas a tendência nos últimos 10 anos é de um crescimento praticamente constante”, alegou o ministro da Saúde.
 
Mesmo com a queda, o número de homens com a doença cresceu. A elevação da taxa entre o gênero masculino é uma grande preocupação no Brasil. Nos últimos 12 anos, subiu 54% entre essa parcela da sociedade. “A alta nos homens pode ser associada ao aumento no excesso de peso na população masculina”, explicou Occhi.
 
O diabetes também é recorrente nos mais velhos. No Brasil, 24% dos idosos com mais de 65 anos são portadores do distúrbio.


Combate

Occhi destacou que o Ministério da Saúde tem disponível, no site da pasta, caderno sobre a atenção básica sobre doenças crônicas, sobre diabetes e o protocolo de encaminhamento endocrinologia. Também disse que há um curso on-line gratuito sobre o tema, chamado “Autocuidado: como apoiar a pessoa com diabetes”.
 
 “As orientações para uma vida mais saudável se baseia em quatro pilares: parar de fumar, ter peso saudável, se alimentar melhor e se exercitar”, alegou o ministro da Saúde. Ele destacou também que, no site do Ministério, também há guias alimentares para a população brasileira.
 
Para evoluir no combate ao diabetes, Occhi apontou que há uma conversa com indústrias para a redução de açúcar em alimentos ultrapocessados. Segundo ele, as conversas já estão avançadas para um acordo benéfico aos consumidores. Também há audiências públicas discutindo uma nova proposta para rotulagem dos alimentos. As medidas servem para levar orientação às pessoas.
 
Além disso, mais de 42,4 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão em financiamento, sendo que 88% delas oferecem medicamentos antidiabéticos. Também foram realizadas mais de 170 milhões de consultas da doença em 2017. Segundo Occhi, o investimento em atenção básica subiu nos últimos anos e a projeção da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 é de R$ 20,8 bilhões
 

O que é o diabetes?

Há dois tipos: 1 e 2. O primeiro está relacionado ao sistema imunológico, que ataca células responsáveis por sintetizar e secretar a insulina. Com isso, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo, não sendo usada como energia.
 
Já a diabetes tipo dois está associada a deficiência do organismo em usar adequadamente a insulina que produz ou não produz o suficiente para controlar a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes possuem esse tipo.
 
Entre os principais fatores estão o colesterol alto, histórico familiar e o fumo. O excesso de peso e a obesidade são responsáveis por 70,6% das diabetes tipo 2. 


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