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Polícia
25/07/2018 11:30:00

Advogado recebeu R$ 400 mil ilegalmente do INSS, revela delegado da PF


Advogado recebeu R$ 400 mil ilegalmente do INSS, revela delegado da PF
Ilustração

Por extra alagoas

A Polícia Federal, em Alagoas, desencadeou na manhã desta terça-feira, 24, a Operação Partenon, com a finalidade de reprimir crimes previdenciários na cidade de Maceió. A Operação Partenon também tem por objetivo desarticular uma associação criminosa especializada em fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com envolvimento de escritório de advocacia e possível participação de servidor do órgão.

As ações da PF, que tiveram o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (Coinp) da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, cumpriram ao todo seis mandados de busca e apreensão. A investigação teve início em 2015, mediante denúncia encaminhada à Polícia Federal e à Gerência Executiva do INSS em Maceió, apontando possível manipulação para concessão e manutenção de benefícios de auxílio-doença. 

A investigação identificou a existência de esquema criminoso cujo "modus operandi" consiste no recebimento de benefício de auxílio-doença por pessoa que se apresenta em plena atividade laboral, bem como a participação de escritório de advocacia e servidor do INSS, atuando em desfavor da Previdência Social.

Segundo o delegado da Polícia Federal Alexandre Borges, as investigações começaram em 2016 após uma carta-anônima chegar à Superintendência. "Um dos advogados investigados vem recebendo benefícios do INSS desde 2008. O valor seria de R$ 4 mil por mês. Sabemos que ele não tem nenhuma limitação para trabalhar, inclusive vem atuando na profissão", informou. 

Só com o benefício do advogado, o INSS teve um prejuízo de R$ 400 mil reais. Entre as justificativas para o auxílio-doença estariam problemas psicológicos e cardíacos. O advogado, que não teve o nome revelado, acabou sendo preso por porte ilegal de arma. 

Uma advogada também foi alvo da operação e a participação de médicos e de outros servidores no esquema não foi descartada. Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na Agência da Previdência Social Ari Pitombo, localizada no bairro da Jatiúca, onde recolheram documentos e computadores. 

Segundo a Inteligência Previdenciária, o prejuízo identificado, até o momento, é de pelo menos R$ 443.835,84. No entanto, a desarticulação do esquema criminoso proporcionará uma economia anual estimada em mais de R$ 1.792.563,24. A operação contou com a participação 30 policiais federais e um servidor da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda. "Paternon" é uma alusão ao fato de um dos alvos ser descendente de grego.



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