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Saúde
21/07/2018 15:30:00

Com mais de dois mil casos, Alagoas registra epidemia de sífilis


Com mais de dois mil casos, Alagoas registra epidemia de sífilis
Ilustração

Por diário de arapiraca

Alagoas contabilizou, no primeiro semestre deste ano, mais de dois mil casos de sífilis. Preocupantes, os números inserem o estado no contexto nacional de epidemia da doença. No mesmo período de 2017, por exemplo, foram 864 adultos diagnosticados com a patologia, enquanto que, no ano seguinte, este número saltou para 1.492.

"Considerando que nós temos uma população de mais de 3 milhões de habitantes, não podemos dizer que se trata de algo fora do controle. Porém, a gente faz uma alerta de que as pessoas usem sempre o preservativo, realizando os exames mesmo sem ter os sintomas. O exame de sífilis, inclusive, é um dos que integram o pré-natal", explica a coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids) e Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde, Sandra Gomes.

Segundo a coordenadora da Sesau, por causa do grande número de pessoas infectadas no Brasil, a sífilis já é considerada uma epidemia. "Em Alagoas, a gente não sai desse contexto de epidemia", assegurou Sandra Gomes.

Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde reforçam que a sífilis do tipo congênita contaminou 182 pessoas. Também foram registrados 446 gestantes com a doença, com a sífilis acometendo 1.492 adultos (exceto as gestantes). No primeiro semestre de 2017, foram 190 registros de sífilis congênita, além de 297 casos da doença em gestantes e 864 em adultos (sem as gestantes).

"Quanto mais a gente testa, mais a gente tem a possibilidade de descobrir uma doença que é, inclusive, assintomática. O que a gente quer em relação à sífilis é também buscar as pessoas assintomáticas. O que a gente precisa dizer é que é uma doença curável e fácil de ser tratada. Porém, por ser assintomática, nem sempre as pessoas buscam fazer os seus exames. A gente vem de uma cultura em que só se procura uma unidade de saúde quando se tem sintoma. Se tratada a tempo. ela é totalmente curável. Já se não for tratada adequadamente, a doença pode evoluir para problemas cardíacos e causar até demência", reforçou Sandra.

E a coordenadora atenta ainda para a importância de se fazer o pré-natal porque, se uma mãe com sífilis não é tratada, o feto pode não se desenvolver e morrer. "A gestação pode não ir até o final, além do que a criança pode nascer com problemas ósseos e cardíacos. Apesar de grave, a sífilis é totalmente fácil de ser tratada. Portanto, hoje, o que mais se busca é testar pessoas assintomáticas e insistir que as gestantes jamais deixem de fazer o pré-natal. Afinal, trata-se de um exame obrigatório dentro do pré-natal", complementou. 



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