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Especial
16/07/2018 14:30:00

Programa do glaucoma: após recadastramento, número de pacientes reduz 24% em Maceió


Programa do glaucoma: após recadastramento, número de pacientes reduz 24% em Maceió
Ilustração

Com cada minuto

A visão é um dos sentidos que nos proporciona guardar lembranças em forma de imagens que nos remetem a emoções de toda uma vida. Então nada mais recomendável do que cuidar muito bem de nossos olhos, principalmente no que se refere a uma das doenças oculares mais comuns: o glaucoma, caracterizada pelo aumento da pressão intraocular.

A doença, que mais causa cegueira irreversível no mundo, atinge cerca de um milhão de brasileiros, sendo mais de 30 mil em Alagoas. Os números, no entanto, são considerados subestimados, já que muitas pessoas não sabem que têm o problema.

Em entrevista ao CadaMinuto, o médico oftalmologista Alberto Antunes destacou que a doença que atinge cerca de 5% da população mundial não tem sintoma e que o diagnóstico só é descoberto durante consultas de rotina, quando o paciente verifica a pressão ocular.

“A doença silenciosa e essa elevação da pressão ocular danifica o nervo ótico ao longo do tempo e com essa lesão vai perdendo campo de visão. Ou seja, a visão periférica do paciente vai diminuindo até ficar apenas a visão central e depois disso a cegueira”, alertou o oftalmologista.

Recadastramento e redução

Em Maceió, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou neste mês de julho a fase de reavaliação de pacientes portadores de glaucoma residentes na capital e em municípios que utilizam Maceió como referência, cadastrados no Programa de Tratamento do Glaucoma pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A ação, que ocorre depois do recadastramento, realizado em março deste ano, visa diagnosticar clinicamente quais pacientes realmente são portadores da doença.

De acordo com Deraldo Lima de Souza, diretor de Regulação, Controle e Avaliação da SMS, com o recadastramento, realizado no primeiro semestre deste ano, o montante de 25.000 pacientes caiu para 19.000. Três clínicas foram escolhidas para executar essa avaliação, que são a Seoma Serviços de Olhos e Otorrino de Maceió, Funbrasil e Clínica Oculare.

Fluxo de atendimento

“Todos os pacientes que são atendidos pela Iofal serão avaliados pela Funbrasil, em um total de 5.797 pacientes. Já os 5.270 pacientes da CERVI, Instituto de Olhos de Maceió e Seoma serão avaliados pela Oculare. E os pacientes do Hospital de Olhos Santa Luzia, Instituto da Visão e Oculare serão avaliados pelo Seoma, somando 5.590 pacientes”, explicou o diretor.

O agendamento desses pacientes é feito somente pelas clínicas. Para isso, elas entram em contato com os municípios de origem do usuário, agendam esses pacientes e vão atendendo dentro do cronograma estabelecido por elas. Esse cronograma deve ser enviado à SMS e a agenda decorrente do cronograma tem que ser enviada ao Complexo Regulador de Assistência (CORA), com informações inseridas no Sistema de Regulação (SISREG), para comprovar os atendimentos realizados.

Tratamento

O tratamento principal para o glaucoma é simples e com o uso regular de colírios recomendados por oftalmologistas é possível baixar a pressão ocular e preservar o nervo ótico.

“Já em casos em que o uso dos colírios não é suficiente para controlar a pressão é feita uma cirurgia para aumentar a drenagem do humor aquoso (líquido incolor, transparente, de consistência aquosa, cuja função é nutrir a córnea e o cristalino, além de, conforme citado, regular a pressão interna do olho) e com isso diminuir a pressão”, concluiu Alberto Antunes.

*Com informações da Ascom/SMS



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