Os economistas do mercado financeiro aumentaram a expectativa de inflação e mantiveram estável a previsão para o crescimento da economia brasileira para este ano. É o que mostra Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Banco Central.

Os economistas do mercado financeiros começaram a rever suas projeções devido ao impacto da greve dos caminhoneiros, que provocou o desabastecimento em todo o país e, consequentemente, teve reflexo direto nos preços de alguns produtos, como combustíveis e alimentos.

A previsão de inflação para este ano subiu de 4% para 4,03%. Há quatro semanas, o mercado previa um IPCA (índice que mede a variação de preços e a inflação oficial no Brasil) de 3,65%. Para 2019, a estimativa foi mantida em 4,10%.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está próxima do piso da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3% a 6%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).

As perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) foram mantidas em aumento de 1,55% neste ano. Há quatro semanas, as projeções eram de crescimento de 2,18%. Para 2019, a estimativa também foi reduzida de 2,60% para 2,50%.

Conforme o BC, os preços administrados foram mantidos em 6,30% neste ano. Os economistas ampliaram a previsão para o dólar de 3,65 reais no fim de 2018 para 3,70 reais. E para 2019 foi mantido em 3,60 reais.

Para os economistas, a Selic deve ficar em 6,5% neste ano. Para 2019, a expectativa foi mantida em 8%. Com msn