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Saúde
26/06/2018 12:39:00

Pílula especial pode substituir injeção de insulina, diz estudo


Pílula especial pode substituir injeção de insulina, diz estudo
Ilustração

uem tem diabetes tipo 1 precisa administrar insulina todos os dias para diminuir os níveis de glicose no sangue. Esse controle, contudo, deve ser feito via injeção ou por meio da chamada bomba de insulina (aparelho que envia pequenas quantidades do composto por 24 horas).

E por que não dá para simplesmente tomar a insulina? Cientistas explicam que o composto não se dá bem com a composição ácida do estômago e acaba por não ser absorvido pelo organismo.

Para superar esse desafio, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram envolver a insulina em uma cápsula resistente ao ácido estomacal. O feito foi publicado nesta segunda-feira (25) no "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Os pesquisadores da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS) John A. Paulson, de Harvard, explicam que a formulação é biocompatível, fácil de fabricar e pode ser armazenada por até dois meses em temperatura ambiente sem degradação.

Cientistas acreditam que o novo medicamento deve melhorar o controle da glicemia e a qualidade de vida de pacientes com diabetes tipo 1.

 

"Muitas pessoas não aderem ao tratamento devido à dor, fobia de agulhas e interferência nas atividades normais", disse Samir Mitragotri, um dos autores do estudo e professor no SEAS de Harvard.

 

"O controle glicêmico inadequado pode levar a complicações graves de saúde", continua Samir Mitragotri (Harvard).

Mitragotri comparou a nova pílula a um canivete suíço. "Uma vez ingerida, a insulina precisa passar por uma difícil pista de obstáculos antes que possa ser efetivamente absorvida pela corrente sanguínea", disse Mitragotri.

 

"A pílula funciona como um canivete suíço. Ela tem ferramentas para lidar com cada um dos obstáculos encontrados" - Samir Mitragotri.

Os obstáculos superados pela pílula

  1. O primeiro obstáculo é a superação do "colapso da pílula" pelo ácido gástrico;
  2. Depois, o polímero resistente ao ácido se dissolve no intestino delgado;
  3. Ainda, ácido que envolve à insulina resiste à camada de muco que reveste o intestino;
  4. A pílula também resiste às camadas estreitas da fase final do intestino;
  5. Por fim, todo o material que reveste a insulina é dissolvido e o composto é liberado. 
  6. Cientistas acreditam que é possível produzir a pílula em escala industrial a custos relativamente baixos. Eles também apostam que o composto tem o potencial para substituir a injeção em alguns anos.


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