Antonio Aragão
Apesar das constantes denuncias formuladas pela imprensa de União dos Palmares e de Alagoas sobre o estado de abandono a que estava (e continua em alguns aspectos) submetido o “Parque Memorial Zumbí dos Palmares” localizado na Serra da Barriga, a
A primeira evidencia do descaso (que mesmo desgastada ainda pode ser vista na estrada logo após o acesso a Fazenda Jurema, quase no centro da cidade), é uma placa afixada no primeiro governo de Ronaldo Lessa anunciado que seriam gastos R$ 341.000,00 (Trezentos e Quarenta Mil Reais), pelos governos estadual e municipal na estrada de acesso ao monumento, cuja obra nunca saiu do papel, nem se sabe para onde a verba foi destinada ou em que foi empregada.
Recentemente, foi anunciado que o governo federal gastou nada menos de dois milhões de reais para a construção de alguns prédios no platô da serra, que foi inaugurado com pompas inclusive com a presença do Ministro da Cultura Gilberto Gil, do governador Teotônio Vilela do então prefeito José Pedrosa e outras dezenas de convidados, cujas edificações já começam a sofrer desgaste com o tempo e suscitam duvidas se nelas realmente foram empregados dois milhões de reais, pois são de madeira e palha e algumas sequer suportarão o rigor do próximo inverno.
Recentemente o Ministro da Integração Social mandou anunciar na grande imprensa que visitaria o Parque Memorial, mas esqueceu da falta de estrutura, e apesar de ter vindo a bordo de um helicóptero que por três vezes tentou aterrisar, não conseguiu em função da lama abundante, e o Ministro somente teve acesso por terra em um veiculo traçado, quando o tempo enxugou.
O restaurante construído recentemente somente funciona em dia de festa. A madeira das atalaias (torres de vigilância) já começam a sofrer pela falta de manutenção e abandono, a exemplo da casa de farinha, das ocas, do Centro de Capoeira e Artesanato e alguns “pontos” que são aparelhos eletrônicos onde se pode ouvir musicas do tempo da escravatura e a história do Quilombo dos Palmares em vários idiomas já deixaram de funcionar.
A flora e a fauna – ou o que resta delas – está exposta a ação de predadores como aconteceu recentemente quando mais de