Duas alunas de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) prestaram queixa na coordenação do curso e disseram estar ofendidas em suas convicções religiosas ao visitarem um terreiro de religião afro no último dia 25.
As universitárias, que não tiveram os nomes revelados, argumentaram que são católicas e que não deveriam frequentar "terreiros de macumba”. A visita aconteceu no terreiro de mestre Antônio Baiano, em Marechal Deodoro.
Na grade curricular do curso de Medicina da Uncisal consta a disciplina políticas públicas, responsável por visitas a templos religiosos e comunidades como as grotas em Maceió.
No Brasil, a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. A prática das alunas pode gerar multa e até prisão (1 a 3 anos a depender da gravidade).
A reportagem do EXTRA entrou em contato com a coordenação do curso, mas até o momento, não foi atendida. No entanto, a ouvidoria da Uncisal informou que ainda recebeu a reclamação. (Com Repórter Nordeste)