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06/01/2009 00:00:00

Polícia


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Já foram remetidos ao Tribunal de Justiça de Alagoas os autos do processo do caso Dimas Holanda, onde figuram como réus o deputado estadual João Beltrão e Daniel da Silva Sobrinho. A informação consta no Diário Oficial desta terça-feira (6).

A ação foi encaminhada pela 17ª Vara Criminal da Capital depois que os deputados Antônio Albuquerque e Cícero Ferro conseguiram liminar junto ao Supremo Tribunal federal, em julho do ano passado, que garante aos parlamentares o direito de julgamento com foro privilegiado para crimes contra vida. “O João Beltrão não foi parte interessada nesse processo, mas a decisão se estendeu a ele pelo fato de o mesmo também ser integrante do Parlamento Estadual”, explicou uma fonte à Gazetaweb . A liminar foi concedida quando os parlamentares estavam detidos no quartel geral do Corpo de Bombeiros, por ocasião da operação Ressurgere, que prendeu deputados acusados de envolvimento em supostos crimes de pistolagem.

A partir de agora, segundo informações obtidas pela nossa reportagem, o Tribunal de Justiça deverá analisar o caso, que já está bem próximo de chegar ao seu julgamento final.

Requerimentos negados

Os advogados de João Beltrão e de Daniel da Silva Sobrinho apresentaram, recentemente, requerimentos para retardar ainda mais o andamento do processo, que se arrasta desde o ano de 1997, quando o bancário Dimas Holanda foi assassinado.

No primeiro documento encaminhado à 17ª Vara, a defesa de João Beltrão pede que os ofícios encaminhados pelo juiz Maurício Brêda não sejam acostados aos autos. O magistrado se averbou suspeito e não mais participa da ação. “Acontece que os ofícios assinados pelo Maurício não têm caráter decisório, eles apenas comunicam ou solicitam informações. Por isso, indeferimos o pedido da defesa”, explicou o juiz Rodolpho Ozório.

Já os advogados do ex-sargento Daniel da Silva Sobrinho quer ouvido novamente uma testemunha do seu cliente. Entretanto, a 17ª Vara alega que ‘a defesa do réu já teve a oportunidade de inquirir a testemunha em juízo, restando esclarecer que a referida testemunha declinou que ‘não sabe nada a respeito do crime em que foi vítima Dimas Holanda’. O pedido também foi indeferido.

Crime

O bancário Dimas Holanda foi assassinado com 11 tiros no final da tarde do dia 03 de abril de 1997, por três homens, no Conjunto Santo Eduardo, no bairro do Poço.

Em 2007 o Ministério Público denunciou Eufrásio Tenório Dantas - o ‘Cutita’, Daniel Luiz da Silva Sobrinho, Paulo Nei, Waldomiro Barros e o deputado João Beltrão pelas autorias material e intelectual do assassinato.

O motivo do crime teria sido uma suposta cantada que o bancário havia dado em Clécia de Oliveira, ex-miss União dos Palmares, que foi apontada como namorada de João Beltrão.
com gazetaweb // janaina ribeiro


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