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O Promotor de Colônia Leopoldina Rodrigo Lavor iniciou as investigações para apurar as denúncias de funcionários fantasmas na folha de pagamento da prefeitura de Jundiá. O caso foi revelado pelo CadaMinuto Press em sua última edição e mostra como diversas pessoas recebiam super salários, além de servidores que não cumpriam um só dia de trabalho, mas recebiam regularmente.
Para iniciar as investigações, o promotor realizou algumas diligências na sede da prefeitura, ouvindo inclusive o depoimento de algumas testemunhas, que servirão de base para a condução da apuração. O prefeito Carlos Antônio de Moraes e Lima Filho (MDB), o “Segundo” foi intimado oficialmente para prestar esclarecimentos.
Antônio de Moraes afirmou ao Ministério Público Estadual (MPE) que irá abrir uma sindicância dentro da prefeitura para também apurar as denúncias, já que alega não ter conhecimento da lotação dos funcionários fantasmas na folha de pagamento. De acordo com Rodrigo Lavor, ele irá aguardar os resultados da sindicância realizada pelo gestor para também juntar a documentação da investigação.
Conforme a denúncia, funcionários fantasmas passaram a rondar a prefeitura e chegam a barganhar uma fatia gorda da folha salarial sem prestar se quer um dia de serviço. Os principais casos envolvem um policial militar, um barbeiro, a irmã de um vereador.
Até uma médica cubana, que veio ao país através do programa federal Mais Médico, está lotada na prefeitura. Adianet Hernandez Rojas é lotada como cargo de comissão e atua na prefeitura como coordenadora de unidade básica de saúde. O salário base da cubana é R$ 1.000,00, mas colocando as gratificações o valor sobe para R$ 1.480,00. O mais interessante ainda é que a médica ainda contribui para previdência social, o conhecido INSS com um valor de mensal de R$ 118,40.
O "escândalo" parece contar com a forte ajuda dos vereadores, responsáveis por fiscalizar os gastos da administração municipal. Além desses casos, ainda é muito possível perceber altas gratificações e benefícios que aumentam o salários de alguns prestadores de serviços, como os dentistas, em quase 300%. De um salário base de R$ 1.000,00, o odontologo recebe no final do mês um liquido de R$ 4.800,00.
E dessa mesma forma segue a médica contratada que tem uma base de vencimento de R$ 2 mil, no entanto recebe ao mês o valor de R$ 5.150,00 um montante bem acima do salário do próprio secretário de saúde, Rodrigo Buarque Ferreira de Lima que ganha R$ 3 mil mensal.
Bem diferentemente de um professor com a mesma condição de contratação e que recebe apenas R$ 954,00, valor abaixo do salário mínimo. Ainda na Educação as distorções continuam bem aparentes. Uma professora lotada na Escola Fundamental Pedro Suruagy desenvolve suas funções 25h semanais tem um salário base de R$ 2.548,92 e acaba recendo quase o dobro a cada mês com o valor de R$ 4.654,98.
