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Saúde
09/06/2018 16:03:00

Consumo de álcool pode aumentar risco de rosácea em mulheres


Consumo de álcool pode aumentar risco de rosácea em mulheres
Ilustração

reprodução

“A rosácea é uma doença de pele inflamatória e crônica que atinge cerca de 10% da população mundial. Muito comum principalmente em mulheres de pele clara e idade entre 30 e 50 anos, a doença tem causa desconhecida e, geralmente, é caracterizada por uma pele sensível e ressecada, com o surgimento de áreas vermelhas na face e o aumento de vasos sanguíneos e de pápulas ou pústulas nessas regiões avermelhadas”, explica a dermatologista Dra. Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

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Para este estudo, os pesquisadores utilizaram dados coletados de cerca de 82 mil mulheres, onde, num período de 14 anos, aproximadamente 5 mil destas pacientes tiveram casos de rosácea. Analisando estes dados, os pesquisadores descobriram que as mulheres que bebiam álcool tinham maior propensão a desenvolver rosácea, risco este que aumentava à medida que o consumo de álcool também aumentava.

“Embora ainda sejam necessárias mais pesquisas para determinar exatamente a relação entre o consumo de álcool e o surgimento de rosácea, os autores do estudo acreditam que o enfraquecimento do sistema imunológico, a vasodilatação e os efeitos pró-inflamatórios causados pelo álcool contribuem para o desenvolvimento da vermelhidão e rubor característicos da doença”, afirma a especialista.

A pesquisa ainda foi além ao examinar a relação entre o surgimento da rosácea e tipos específicos de álcool. Com isso, os pesquisadores descobriram que o vinho branco e o licor estão significativamente associados a um maior risco de desenvolvimento da doença. Isso porque estas bebidas possuem altas concentrações de álcool sem os flavonoides e substâncias anti-inflamatórias encontradas do vinho tinto, que, por sua vez, não está associado ao desenvolvimento inicial da condição, mas pode servir como um gatilho para o aparecimento de vermelhidão e rubor em pessoas que já sofrem com a doença.

E este é apenas um dos efeitos nocivos do consumo de álcool para o corpo e para a pele. Segundo a Dra. Thais Pepe, o álcool ainda está associado a uma variedade de doenças da pele, como psoríase e acne, além de afetar a hidratação do tecido, diminuindo o viço e colaborando para o ressecamento e a descamação.

“O álcool também estimula a produção de radicais livres, que, em contato com as células, danificam a sua estrutura, causando envelhecimento precoce e flacidez”, completa. “Por isso, caso você esteja preocupada com a saúde de sua pele, é importante que você consulte um dermatologista para receber o diagnóstico e os tratamentos adequados.”



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