O resultado do Processo Administrativo Disciplinar instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas  foi publicado nesta sexta-feira (08), no Boletim Geral Ostensivo (BGO).

Conforme trecho do documento com a apuração das possíveis transgressões militares, incluindo desrespeito a oficial superior e constrangimento ilegal, a abordagem da guarnição foi adequada até o momento em que o coronel se identificou e, ao ser detectado que se tratava de veículo oficial e nenhum dos ocupantes oferecia risco, não foi proporcional a ação de um dos envolvidos, o soldado Thiago Cavalcante, que sacou uma arma.

Antônio Edvaldo da Silva (segundo tenente) e Alexandro de Farias Barros Santos (terceiro sargento) foram punidos com quatro dias de prisão - ambos já cumpriram três dias, restando um - por permitirem que um subordinado interferisse no andamento da ocorrência e por deixarem de confeccionar a documentação necessária ao episódio.

Já Thiago Cavalcante de Araújo Oliveira foi punido com cinco dias de prisão “por agir de maneira desproporcional, sem o devido respeito ao superior hierárquico e não obedecer à ordem de cessar a atuação, causando escândalo que comprometeu a imagem da corporação”.

Quanto ao coronel, a Corregedoria concluiu que não havia elementos suficientes para lhe imputar responsabilidades administrativas.

Repercussão

No dia 26 de novembro do ano passado, vídeos da abordagem ocorrida três dias antes, circularam nas redes sociais e policiais procuraram o CadaMinuto e outros veículos da imprensa para denunciar suposto abuso de autoridade por parte do coronel Goulart.

Conforme a denúncia, a blitz onde o coronel foi parado enquanto dirigia um veículo oficial terminou na prisão e na transferência, para o Sertão, dos três PMs que participaram da abordagem.

Ainda conforme relatos dos policiais ao CadaMinuto, a guarnição avistou um carro branco do Estado parado um pouco antes da barreira policial e perceberam que os dois ocupantes do veículo trocaram de lugar, por isso determinaram a ordem de parada, mas o condutor teria se negado a se identificar. Com isso, os policiais se aproximaram do carro com arma em punho.