A diferença no valor dos combustíveis após a escassez do fim de semana tem assustado condutores. Segundo o Procon-AL, o preço médio em Maceió chegou a R$ 4,66 no litro da gasolina. Desde o início dos protestos até agora, mais de 100 denúncias envolvendo valores abusivos chegaram ao Instituto. A causa seria uma cobrança adicional das distribuidoras aos revendedores.
Segundo um dono de posto de combustível em Maceió, que preferiu não se identificar, a explicação para os altos preços são os novos carregamentos de combustíveis estariam chegando com a gasolina pura, isto é, sem adição de etanol anidro, o que estaria motivando uma diferença no tributo cobrado pelas distribuidoras aos revendedores.
“O posto recebeu o combustível com um valor diferente da semana passada, porque segundo a distribuidora, o combustível que está saindo do Porto é sem o etanol anidro. Como há a deficiência de etanol justamente por conta da paralisação, a gasolina está saindo pura, sem a mistura, enquanto estiver nessa situação”, informou à reportagem da Tribuna Independente.
Para coibir preços abusivos repassados ao consumidor, o Procon iniciou uma espécie de força-tarefa chamada de “Combustível a Preço Justo” envolvendo outros órgãos. Desde o início dos protestos de caminhoneiros, cerca de 70 postos foram notificados pelo Procon-AL, sendo 37 na capital e 33 na região metropolitana.
Os proprietários de postos têm dez dias a contar da notificação para explicar os motivos pelos quais tem cobrados os valores ao consumidor.
Mesmo assim, a procura continuou intensa na capital durante toda esta segunda-feira (28). De acordo com o Sindicombustíveis-AL, os postos continuam sendo abastecidos, no entanto, não há levantamentos oficiais quantos, dos 520 espalhados pelo Estado, que continuam desabastecidos.
“Até o momento a saída do Porto continua, o abastecimento está ocorrendo aos postos que recebem o combustível do Porto. Claro que existem outros postos que possuem relações comerciais diferentes. São de distribuidoras de Pernambuco, ou os caminhões estão no caminho. O que a gente pode passar é que está sendo feito, não temos a situação de cada um deles”, informou o sindicato. (Com assessorias)
Fonte: Tribuna Independente / Evellyn Pimentel