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Os protestos de caminhoneiros contra o preço do diesel dificultam a circulação de ônibus em pelo menos cinco capitais. A greve afeta a distribuição de combustíves, filas se formam nos postos, e aeroportos estão em alerta. Congonhas, que corria o risco de parar hoje, conseguiu emergencialmente querosene de aviação para garantir funcionamento pelo menos até sexta. Na Câmara, deputados aprovaram no fim da noite o projeto que eleva impostos de empresas e zera por 6 meses a cobrança de um dos tributos do diesel. A proposta ainda depende do Senado para baratear o combustível, que a partir de hoje e pelos próximos 15 dias estará 10% mais barato, depois de decisão da Petrobras.
As prefeituras de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegreanunciaram a redução da circulação da frota de ônibus ou BRT hoje, em meio à paralisação de caminhoneiros, que afeta o abastecimento de combustível. No Recife, o número de viagens foi reduzido em 8% nesta quarta (23) e deverá sofrer nova diminuição.
Depois de um alerta da Infraero sobre a falta de combustíveis em 12 aeroportos, Congonhas recebeu querosene de aviação, mas as reservas para aviões vão até amanhã.
A Câmara aprovou projeto que eleva imposto de empresas e zera um dos tributos do diesel. Proposta elimina PIS-Cofins sobre o diesel até o fim de 2018 e será votada pelo Senado.
Em decisão temporária, a Petrobras reduziu em 10% o preço do diesel pelos próximos 15 dias. A medida entra em vigor hoje e o impacto será de R$ 0,25 por litro no bolso dos consumidores.
O presidente Michel Temer se reúne no Planalto com os ministros Eduardo Guardia (Fazenda), Valter Casimiro (Transportes), Moreira Franco (Minas e Energia), com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, para discutir sobre preço dos combustíveis.
Protesto dos caminhoneiros em uma das faixas da BR-050, em Uberaba (Foto: Tulio Micheli / Boca no Trombone)
Ministros e lideranças dos caminhoneiros voltam a se reunir no Palácio do Planalto a fim de buscar uma solução para o movimento que bloqueia rodovias e ameaça com desabastecimento vários setores. Lideranças de caminhoneiros já disseram que o anúncio da Petrobras de redução de 10% do preço do diesel por 15 dias não resolve e que, assim, a paralisação continuará.