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Brasil
23/05/2018 18:12:00

Protesto de caminhoneiros entra no 3º dia com bloqueios em rodovias


Protesto de caminhoneiros entra no 3º dia com bloqueios em rodovias

greve dos caminhoneiros entra no 3º dia nesta quarta-feira (23) com bloqueios em rodovias federais em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Eles permitem a passagem apenas de carros, ônibus e ambulâncias. Em São Paulo, por volta das 5h30 eram registrados ao menos três bloqueios na rodovia Presidente Dutra.

Na região de Santa Isabel, o protesto ocorria nos dois sentidos da via, no km 186.Nas cidades de Jacareí e São José dos Campos, os caminhoneiros bloqueavam a via no sentido Rio nos quilômetros 164 e 156. No mesmo horário, os caminhoneiros também protestavam nos dois sentidos da rodovia Régis Bittencourt. 

No sentido São Paulo, o bloqueio na via ocorria do km 478 ao 477. Já no trânsito no sentido Paraná, estava interrompido do km 470 ao 477, na região de Jacupiranga; e do km 384 ao 385, em Miracatu.

Na rodovia Fernão Dias, os motoristas enfrentavam ao menos 15 bloqueios em cidades de São Paulo e Minas Gerais. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Minas registrava outros bloqueios em trechos das rodovias BR-40, BR-50, BR-116, BR-153, BR-251, BR-262, BR-365 e BR-381. No Espírito Santo, o trânsito está interrompido nos quilômetros 304, 376 e 414 da BR-101; no km 262 da BR-262; km 46 e km 50,7 da BR-259.

REIVINDICAÇÕES

Os caminhoneiros pedem mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras (medida que o governo refuta) e redução da carga tributária para o diesel (que está em negociação). A nova política de reajustes, adotada pela Petrobras em julho do ano passado, é bem-vista por investidores por acompanhar o padrão adotado em outros países. Alterá-la agora seria interpretado como intervenção do governo na estatal. 

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Com essa nova política, os valores dos combustíveis sofrem alterações diárias que acompanham a cotação internacional do petróleo e a variação do câmbio. Como o dólar e o preço do óleo tiveram repiques, o valor do diesel saltou. Em um mês, o litro do diesel na bomba subiu 4,9%, de R$ 3,42 para R$ 3,59, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). 

À ESPERA DE ACORDO

Na tentativa de encerrar a greve dos caminhoneiros, que já atinge 24 estados, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou, nesta terça-feira (22), que o governo vai zerar a cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o diesel. Impôs, no entanto, uma condição: que o Congresso aprove a reoneração da folha de pagamento. "Hoje fechamos um acordo com os presidentes da Câmara e do Senado", disse Guardia.

"Uma vez aprovada a reoneração, sairemos com o decreto zerando a Cide."O governo está cauteloso porque zerar a Cide amplia a perda de arrecadação em um momento de aperto fiscal. A estimativa é de uma perda de R$ 2,5 bilhões com a Cidemas, mas de um ganho de R$ 3 bilhões com a reoneração. A reação do Congresso, porém, se mostra inconclusiva. Logo após o anúncio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que pretende colocar o projeto em votação na próxima semana.

Porém, ao fim da noite, Maia deu uma nova declaração: que incluiria a redução da PIS/Cofins do diesel no projeto de reoneração da folha – o que ampliaria a perda fiscal.Por sua vez, o relator da proposta de reoneração, deputado Orlando Silva (PC do B-SP), disse que não quer limitar a queda do tributo ao diesel. "Vou tentar ver se fica de pé uma abordagem que inclua o gás de cozinha e gasolina", disse Silva. As conversas prosseguem nesta quarta (23). Com informações da Folhapress.



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