Por Gabriela Flores e Vanessa Alencar - cada minuto
O período chuvoso traz com ele uma série de implicações para a saúde de grande parte da população e, junto com as viroses e os resfriados comuns à época, está o medo de contrair o vírus da gripe H1N1 ou a H3N2, ampliado pela disseminação de informações nem sempre confiáveis. As doses de vacinas distribuídas este ano protegem contra essas duas doenças e também contra um subtipo, Influenza B.
Em Alagoas, a H1N1 fez uma vítima fatal no dia 15 deste mês de maio, deixando todos em alerta. Por meio da assessoria de Comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que a Influenza é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, salientando que, em Alagoas, circulam dois subtipos, o H1N1(desde 2009) e o H3N2 (desde 2014).
Informações do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis da Sesau dão conta que, até o momento, além do registro de um óbito por em decorrência de infecção por H1N1 em Alagoas, foram confirmados 22 casos de influenza, sendo 18 de H1N1, três de H3N2 e um de influenza B. Outros 16 casos ainda estão em investigação.
Os dados da Sesau apontam ainda que, em 2016 houve 52 casos confirmados de influenza, com 10 óbitos, e em 2017, foram 10 casos, com três mortes.
Prevenção
A Sesau evidencia ainda que a prevenção da Influenza consiste em adotar medidas simples, como lavar sempre as mãos, usar álcool gel, manter hábitos saudáveis de higiene, evitar locais com aglomeração e, principalmente, tomar a vacina, que todos os anos é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Este ano, a Campanha de Vacinação contra a Influenza – iniciada em no dia 23 de abril – prossegue até 1º de junho, segundo o Ministério da Saúde (MS). Neste período, a vacina estará disponível nos 102 municípios de Alagoas e cada Secretaria Municipal de Saúde (SMS) adotará as estratégias específicas para atingir o público alvo.
Para 2018, o MS estipulou que deverão ser vacinados, além de indivíduos com 60 anos ou mais, crianças na faixa etária de seis meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas.
Também estão inclusos no público-alvo, os povos indígenas, os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade (que estejam sob medidas socioeducativas), os presidiários e funcionários do sistema prisional.
Transmissão
A transmissão do H1N1 acontece da mesma forma que a gripe comum, através do contato com objetos contaminados, gotículas respiratórias e a saliva de alguém que esteja com o vírus. Pessoas com a imunidade mais debilitada podem ser contaminadas mais facilmente, por isso é importante evitar locais com grande circulação de pessoas.
Gripe ou resfriado?
Semelhantes, tanto a gripe quanto o resfriado são doenças infecciosas causadas por vírus, mas, enquanto a gripe é provocada pelo influenza, o resfriado ocorre devido a ação de vários vírus diferentes, sendo considerada uma doença mais amena se comparada à gripe.
Os sintomas mais comuns do resfriado são garganta irritada, aumento na produção de secreção nasal, podendo ocorrer febre baixa.
A gripe surge de modo mais repentino, provocando sintomas como dores de garganta, tosse seca, obstrução nasal, dores musculares e de cabeça, prostração e febre alta, tanto nos casos de H1N1 quanto de H3N2. Ambas podem levar à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causando pneumonia.
Entre os principais sintomas da Influenza (H1N1 e H3N2) estão:
• Calafrios
• Mal-estar
• Cefaleia
• Mialgia
• Dor de garganta
• Artralgia
• Prostração
• Tosse seca
Podem ainda estar presentes:
• Diarreia
• Vômito
• Fadiga
• Rouquidão
• Hiperemia conjuntival