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Alagoas
15/05/2018 07:38:00

Em meio a negociações, associações criticam convocação de novos militares


Em meio a negociações, associações criticam convocação de novos militares
Militares comentam o momento atual

Representantes das associações militares de Alagoas se pronunciaram contrários ao anúncio do Governo do Estado sobre a convocação de 1.150 militares no mês de junho. Os militares alegam que o momento não é o mais adequado, já que a categoria está mobilizada a quase um mês em negociação com o Executivo pela valorização salarial. 

Segundo o Tenente Coronel J. Cláudio, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), as associações entendem que a contratação de novos policiais só deveria ser realizada após um acordo entre o Governo do Estado e a categoria sobre o reajuste salarial. 

"Primeiro teria que resolver o problema de quem está 'na casa'. Estamos com um problema sério e que até agora não foi resolvido. Se o governo alega não ter verba para o reajuste, como tem para contratar mais 1.150 militares?", questionou. 

Ainda conforme o presidente, foi dada ao sugestão de adiar a contratação desses novos militares. Ele alega também que os oficiais que ministrarão o curso dos policiais convocados revelaram que não irão se habilitar. "Então eles não irão receber as instruções adequadas", disse o Tenente Coronel. 

A presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas, a Tenente-Coronel Camila Paiva, destacou a importância de novas contratações, mas afirmou que o momento é de insatisfação por conta da categoria. 

"A gente entende que é importante, pois a quantidade de militares não é suficiente dentro das corporações. Porém, a segurança pública vive hoje uma crise que o governo insiste em ignorar. Os militares de Alagoas se sentem desvalorizados e isso reflete sim no aumento do índice de criminalidade do estado", pontuou. 

Em assembleia no último dia 7 deste mês, a categoria rejeitou novamente a proposta do Governo do Estado de reajuste de 12% parcelado em quatro anos, sendo pago 5% em 2020, 1% em 2021 e outro 1% em 2022. Os militares cobram 12% já nos próximos dois anos e dizem não aceitar a divisão deste percentual até 2022. 

Além do anúncio das convocações, o governador Renan Filho (MDB) anunciou também que, até o final do mês de maio, deve anunciar um novo concurso para a Polícia Militar. O número de vagas ainda não foi definido, mas a previsão é a de que 500 sejam ofertadas. 

gazetaweb



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