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11/06/2007 00:00:00

SOS "Mata dos Frios"


SOS

Continua sendo criminosamente devastada a “Mata dos Frios”, única reserva natural do município de União dos Palmares, e um dos maiores mananciais de água potável (ainda inexplorado) do estado de Alagoas, sem que nenhuma autoridade competente tome as providencias, embora o assunto tenha servido de tema na reunião da Câmara de Vereadores local na ultima terça feira, quando diversos convidados entre ambientalistas, professores, alunos e a sociedade como um todo proferiram palestras sobre a atual situação da serra, para muitos como o elemento regulador do clima na região entre Branquinha, União dos Palmares e São José da Laje.

 

Cerca de quinze dias passados, o Ministério Público Federal abriu sindicância para apurar a real situação da Serra da Barriga (outra montanha, situada também em União dos Palmares), esquecendo-se os promotores que todos os dias da semana, centenas de metros de madeira nativa, remanescente dos quase trezentos hectares outrora existentes na Serra dos Frios são extraídos pela população e por especuladores (que derrubam nas caladas da noite arvores centenárias para distribuir com padarias e para utilização industrial).

 

A madeira, farta e sem ser fiscalizada, recebe diariamente dezenas de pessoas residentes nos bairros Sagrada Família, Vaquejada e Roberto Correia de Araújo, além de alguns moradores da Fazendas Frios (que abriga a serra) é retirada em carros de mão e lombo de animais, para servir como substituto do gás de cozinha em residências da população de baixa renda.

 

Existiu até bem pouco passado, na sede da extinta “Cidade Hortigranjeira” um Batalhão da Policia Florestal com mais de 20 homens, que exerciam, mesmo sem as mínimas condições a fiscalização, sem, contudo, coibir a devastação da flora e da fauna (existem ainda mini-cacos conhecidos como sagüis, pássaros silvestres, pacas, tatus e até mesmo ninhadas de araras azul e vermelha).

 

Fazendeiros da região, a exemplo do empresário Danclads Uchoa tentou amenizar a situação colocando uma cerca de arame farpado em sua propriedade, porém foi ameaçado de morte, tendo abandonado a idéia, mesmo porque está conscientizado que neste período do ano fica acentuado o roubo da lenha para ser vendida para fogueiras serem acesas na porta de residências e sítios, em comemoração a Santo Antonio, São João e São Pedro.

 

Enquanto o crime segue sem providencias das autoridades constituídas, a população começa a sofrer com as intempéries, pois em períodos que tradicionalmente eram chuvosos, as secas começam a se acentuar, e em meses de maio, junho e agosto, as chuvas caem em excesso. Por outro lado, começam a escassear os mananciais de água que são oriundos da mata, já tendo, inclusive uma dessas fontes servido para abastecer União dos Palmares, dispensando mais de 60% do tratamento do liquido que era distribuído a comunidade, em comparação com o que hoje é gasto com o tratamento da água retirada do rio Mundaú.

 

Da Editoria – Antonio Aragão

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